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    Navio dos EUA desafia China e pode atrapalhar conversas sobre Pyongyang

    DA REUTERS

    10/08/2017 14h26 - Atualizado às 15h45

    Reuters/U.S. Navy/Mass Communication Specialist Seaman Cheng S. Yang/Handout via Reuters
    O destróier da Marinha dos Estados Unidos John S. McCain navega em 2010
    O destróier da Marinha dos Estados Unidos John S. McCain navega em 2010

    Um destróier da Marinha dos Estados Unidos realizou uma "operação de liberdade de navegação" nesta quinta-feira (10), ficando a 12 milhas náuticas (22.2 km) de uma ilha artificial construída pelos chineses no Mar do Sul da China, disseram autoridades dos EUA à agência de notícias Reuters.

    A operação ocorreu no momento em que o governo do presidente Donald Trump busca a cooperação da China para lidar com os programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte e pode complicar os esforços para se chegar a uma postura comum.

    As autoridades, que falaram sob condição de anonimato, disseram que o USS John S. McCain navegou perto do Recife Mischief, das Ilhas Spratly, em meio a uma série de ilhotas, recifes e bancos de areia. A China disputa a área com os vizinhos Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã.

    Foi a terceira "operação de liberdade de navegação" conduzida durante a Presidência de Trump.

    Para o Ministério das Relações Exteriores da China, a presença do destróier "viola lei internacional e chinesa e prejudica gravemente a soberania e segurança de Pequim".

    A operação foi a tentativa mais recente de Washington de se contrapor ao que vê como esforços de Pequim para limitar a liberdade de navegação nas águas estratégicas na ocasião em que Trump corteja a ajuda chinesa para conter os norte-coreanos.

    As tensões aumentaram recentemente porque a Coreia do Norte realizou dois testes nucleares e dois testes de míssil balístico intercontinental no mês passado, dando ensejo a uma rodada de sanções duras da Organização das Nações Unidas (ONU) que revoltaram Pyongyang, que ameaçou dar aos EUA uma "lição severa".

    Trump, por sua vez, respondeu alertando que a Coreia do Norte enfrentará "fogo e fúria" se ameaçar mais seu país.

    O secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, emitiu um alerta ríspido aos norte-coreanos nesta quarta-feira (9), dizendo a Pyongyang que deve frear qualquer ação que possa levar ao "fim de seu regime e à destruição de seu povo".

    Os EUA criticaram a China pela construção de ilhas e pelo aumento de instalações militares no mar, temendo que elas possam ser usadas para restringir a movimentação náutica livre.

    Os militares norte-americanos argumentam há tempos que suas operações são realizadas em todo o mundo, inclusive em áreas reivindicadas por aliados, e que estas não têm relação com considerações políticas.

    O governo Trump prometeu realizar operações mais robustas no Mar do Sul da China.

    Editoria de arte/Folhapress
    A DISPUTAChina, Filipinas, Taiwan, Maalásia e Vietnã disputam pequenos territórios e direitos sobre áreas do Mar do Sul da China

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