• Mundo

    Monday, 06-May-2024 19:37:32 -03

    Exército do Líbano anuncia ofensiva contra Estado Islâmico

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    19/08/2017 13h44

    Ali Hashisho/Reuters
    Lebanese army helicopters are pictured from the town of Ras Baalbek, Lebanon August 19, 2017. REUTERS/ Ali Hashisho ORG XMIT: GGGLBN05
    Helicópteros do exército libanês perto da cidade de Ras Baalbek, na fronteira com a Síria

    O Exército libanês iniciou neste sábado (19) uma ofensiva militar para expulsar a facção terrorista Estado Islâmico (EI) das regiões montanhosas do leste do país.

    A operação começou às 11h (de Brasília), tendo como alvo posições do EI próximas à cidade de Ras Baalbek. A área é a última parte da fronteira entre Líbano e Síria sob controle do grupo insurgente.

    A guerra que devasta a Síria desde 2011 teve consequências no vizinho Líbano, onde o EI reivindicou ataques letais e lutou contra o movimento xiita armado Hizbullah, que respalda militarmente o regime sírio do ditador Bashar al-Assad.

    "O Exército enfrenta os terroristas do Daesh [acrônimo em árabe para a facção terrorista Estado Islâmico] para expulsá-los e recuperar o território", afirmou o general Ali Qanso, responsável pelo setor de comunicação do Exército libanês.

    De acordo com Qanso, a ofensiva é "uma das batalhas mais difíceis já travadas pelo Exército do Líbano". Ele calcula a presença de 600 combatentes extremistas nas regiões de Jurud Ras Baalbeck e Jurud Al Qaa, onde controlam uma área de quase 120 quilômetros quadrados.

    Em 2014, membros do EI e da Al-Qaeda sequestraram 30 soldados e policiais no leste libanês. Os extremistas executaram quatro reféns e um quinto morreu em consequência dos ferimentos. Dezesseis foram libertados em 2015 e nove permanecem sob poder do EI.

    O que é Estado Islâmico

    HIZBULLAH

    O Hizbullah também promove ofensiva para desalojar o EI do lado sírio da fronteira.

    Comunicado divulgado pelo grupo afirma que a organização age para cumprir a promessa de "remover a ameaça terrorista nas fronteiras da nação" e combate "lado a lado" com o Exército sírio. O comunicado não fez menção à operação do Exército libanês.

    No mês passado, o Hizbullah iniciou uma ofensiva para expulsar os extremistas anteriormente vinculados à Al-Qaeda e rebeldes sírios de Jurud Aarsal, outra área do leste do Líbano.

    Após seis dias de combates, os dois lados chegaram a um cessar-fogo e um primeiro contingente de 8.000 pessoas –em sua maioria refugiados mas também jihadistas– foi levado para a Síria. Na segunda (14), os últimos rebeldes sírios deixaram o Líbano.

    O porta-voz do Exército libanês negou qualquer "coordenação" entre as Forças Armadas, o Hizbullah e as tropas sírias.

    Qualquer operação em conjunto entre o Exército libanês de um lado e o Hizbullah e o Exército sírio de outro seria politicamente sensível no Líbano e poderia comprometer a considerável ajuda militar norte-americana que o país recebe, já que Washington classifica o Hezbollah como um grupo terrorista.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024