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    Juiz manda dois suspeitos dos ataques na Catalunha para prisão e solta um

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
    DE SÃO PAULO

    22/08/2017 15h19

    A Justiça espanhola decidiu que dois suspeitos de participação nos ataques na Catalunha na última semana devem permanecer presos até o julgamento.

    O juiz Fernando Andreu ordenou ainda que outro dos suspeitos seja solto e que um quarto homem permaneça detido por mais 72 horas.

    Mohamed Houli Chemlal e Driss Oukabir ficarão presos sem direito a fiança, segundo a decisão do magistrado.

    Já Mohammed Aallaa será solto, mas terá que comparecer todas as semanas ao tribunal. De acordo com a decisão, "os indícios existentes sobre sua presumida colaboração com o grupo investigado não são suficientemente sólidos".

    Ele é apontado como dono do carro usado no atentado em Cambrils.

    O quarto suspeito, Salh El Karib, ficará detido pelos próximos três dias, enquanto a polícia cumpre diligências.

    Mais cedo, a procuradoria espanhola tinha pedido que os quatro suspeitos ficassem presos sem direito a fiança. Eles são acusados de participarem de uma organização terrorista, homicídio e de posse de explosivos.

    O grupo foi levado nesta terça pela primeira vez a um tribunal de Madri.

    Um dos suspeitos, Chemlal, confirmou em depoimento que o grupo planejava um ataque de maior alcance, com o uso de explosivos, como já havia sido especulado.

    Os investigadores não disseram, porém, quais seriam os alvos dos possíveis ataques. Segundo o jornal espanhol "La Vanguardia", a igreja da Sagrada Família, em Barcelona, estava na lista.

    Chemlal é o único dos quatro detidos que é espanhol —ele nasceu em Melila, um enclave da Espanha na África. Os outros três presos, são marroquinos.

    Ele foi preso após ter se ferido na explosão em uma casa em Alcanar, ao sudoeste de Barcelona, um dia antes do ataque com uma van na movimentada avenida de Las Ramblas, em Barcelona, que deixou 13 mortos.

    Segundo os investigadores, a casa servia como uma fábrica de bombas do grupo.

    Além dos quatro detidos, outras oito pessoas faziam parte da célula que fez os ataques, de acordo com a polícia da Catalunha.

    Todos os restantes, porém, estão mortos, incluindo Abdelbaki Es Satty, imã (líder religioso) na cidade da Ripoll, local de origem da maioria dos membros da célula, considerado o idealizador do grupo.

    A informação foi confirmada no depoimento dos presos a Justiça nesta terça.

    Nos depoimentos, os suspeitos disseram que o imã planejava se auto imolar, mas acabou morrendo na explosão de Alcanar.

    Além dele, na segunda-feira (21) a polícia matou a tiros o marroquino Younes Abouyaaqoub, 22, principal suspeito de ser o motorista da van que acelerou pela lotada avenida nas Ramblas, em Barcelona, deixando 13 mortos e mais de cem feridos de 34 países.

    Depois do ataque, Abouyaaqoub esfaqueou um homem até a morte para roubar o seu veículo e escapar.

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