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    Maduro ordena retirada do ar dos canais colombianos RCN e Caracol

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    24/08/2017 14h33 - Atualizado às 21h04

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     El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, participa durante una conferencia de prensa con representantes de medios de comunicación nacionales e internacionales, en el Palacio de Miraflores en Caracas, capital de Venezuela, el 22 de agosto de 2017. El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, aseguró el martes que su Gobierno y el de Estados Unidos se encuentran "en el peor momento de sus relaciones", tras las amenazas de su homólogo Donald Trump de no descartar una "opción militar" contra el país.
    Nicolás Maduro fala à imprensa na última terça (22) no Palácio de Miraflores, em Caracas

    A Comissão Nacional de Telecomunicações da Venezuela, vinculada ao regime de Nicolás Maduro, ordenou nesta quinta (24) que as operadoras de TV por assinatura tirassem do ar as emissoras colombianas Caracol e RCN.

    A determinação foi feita em reunião na quarta (23) com os dirigentes das operadoras em Caracas. O sinal da Caracol caiu já na madrugada de quinta, enquanto a RCN começou a sumir da grade das operadoras durante o dia.

    A autarquia não se pronunciou sobre os motivos da decisão. Em um programa do canal estatal VTV, o ex-diretor da Conatel Andrés Eloy Méndez disse que as emissoras colombianas incorreram no delito de "instigação do ódio".

    Os canais transmitiram ao vivo, inclusive na Venezuela, declarações da procuradora-geral deposta, Luisa Ortega Díaz, em que fez as acusações contra Maduro e os números dois e três do chavismo, Diosdado Cabello e Jorge Rodríguez.

    A Caracol ainda foi uma das primeiras a revelarem que a dissidente deixaria o país, junto com a americana Univisión. O diretor de notícias do canal, Juan Roberto Vargas, disse que o regime chavista até demorou em censurá-lo.

    "A situação da procuradora foi a cereja do bolo, foi o que levou o regime a tomar essa decisão. A nossa missão como jornalistas é contar a notícia e [esses] são fatos que têm a ver com uma ditadura", disse.

    Em nota, a RCN afirma que continuará a informar as Américas "apesar das graves violações contra nossos direitos à liberdade de imprensa e expressão" —outro canal do grupo, o NTN24, está censurado desde abril de 2014.

    Parte da programação da RCN foi censurada na Venezuela em fevereiro, quando estreou a série "El Comandante", inspirada na história de Hugo Chávez (1954-2013). Ela foi proibida e desatou uma campanha para "falar bem" do líder da Revolução Bolivariana.

    À imprensa internacional na terça (22), Maduro fez duras críticas à Colômbia, afirmando que a capital Bogotá era "o centro da conspiração contra a Venezuela" e que a relação entre os dois países estava "destruída".

    Após a censura, a Chancelaria colombiana pediu que se revise a decisão, considerada pelo governo de Juan Manuel Santos "uma clara violação à liberdade de imprensa que garante o direito à investigação dos cidadãos".

    Com a Caracol e a RCN, são cinco os canais censurados na Venezuela. Antes, saíram do ar Todo Notícias (Argentina) e El Tiempo TV (Colômbia) em abril e a CNN en Español em fevereiro.

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