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    Congresso do Equador autoriza que vice seja julgado por caso Odebrecht

    DE SÃO PAULO

    25/08/2017 19h15

    O Congresso do Equador autorizou nesta sexta-feira (25) que o vice-presidente Jorge Glas seja julgado penalmente por envolvimento no esquema de corrupção da construtora brasileira Odebrecht no país andino.

    A autorização ao processo foi aprovada por unanimidade, um dia depois que seu partido, o governista Aliança País, ter definido por liberar a ação judicial, embora "confiem plenamente na inocência do companheiro Glas".

    Santiago Armas/Xinhua
    O presidente do Equador, Lenín Moreno, e seu vice-presidente, Jorge Glas, na posse, em 24 de maio
    O presidente do Equador, Lenín Moreno, e seu vice-presidente, Jorge Glas, na posse, em 24 de maio

    A votação ocorreu sem abertura a discursos, o que irritou a oposição. A permissão havia sido pedida pelo juiz Miguel Jurado, da Corte Naional de Justiça equatoriana, devido ao fato de o vice-presidente ter foro privilegiado.

    Jorge Glas foi citado em áudios do ex-controlador-geral Carlos Pólit com o executivo da Odebrecht José Conceição em que o acusam de pedir propina. O tio do vice, Ricardo Rivera, foi preso em junho acusado de participar do esquema.

    Na quarta (23), Glas disse que provará sua inocência. Ele nega ter participado dos processos de licitação das obras da empreiteira e afirma só ter tido relação com a empresa quando foi membro da diretoria da refinaria do Pacífico.

    "Nunca tive bases, nunca estive em nenhum comitê de preparação de bases, de fases de licitação, de negociação, de construção de nenhuma obra", afirma.

    Devido às acusações, o presidente Lenín Moreno retirou todas as funções de Glas, afastando-o de responsabilidades nos setores produtivos e tributários e a coordenação da reconstrução das áreas afetadas pelo terremoto de 2016.

    O decreto foi uma das razões que levaram ao rompimento de Moreno e seu padrinho político, Rafael Correa, que agora o chama de traidor. O ex-presidente é contra a retirada das funções de Glas e acusa Moreno de se render à oposição.

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