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    Mulher do dirigente opositor Leopoldo López é impedida de sair da Venezuela

    DE SÃO PAULO

    02/09/2017 18h45 - Atualizado às 23h37

    As autoridades venezuelanas impediram neste sábado (2) que a ativista Lilian Tintori, mulher do dirigente opositor Leopoldo López, viajasse à Europa para turnê na qual faria denúncias contra o regime de Nicolás Maduro.

    Tintori foi barrada após a Justiça acolher investigação contra ela sobre a apreensão de 200 milhões de bolívares em espécie (R$ 196 mil pelo câmbio oficial, R$ 34 mil pelo paralelo) em caixas fechadas dentro de seu carro.

    Andrés Martínez Casares/Reuters
    A ativista opositora Lilian Tintori, mulher de Leopoldo López, em entrevista à agência de notícias Reuters
    A ativista opositora Lilian Tintori, mulher de Leopoldo López, em entrevista à agência de notícias Reuters

    O Ministério Público não divulgou os crimes pelos quais ela é acusada. A ativista, que foi intimada pelo tribunal a prestar depoimento na terça (5), afirma que o dinheiro seria usado para pagar o tratamento de sua avó.

    Em uma rede social, ela disse que as acusações têm motivação política. "Isso deixa claro porque a ditadura fabrica acusações contra mim: impedir que fale sobre a crise humanitária que vivemos na Venezuela."

    A mulher de López acompanharia o presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges, em reuniões com o premiê da Espanha, Mariano Rajoy, a primeira-ministra britânica, Theresa May, o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel.

    Não se sabe, porém, se Borges conseguiu viajar. Rajoy considerou lamentável a decisão das autoridades venezuelanas. "Podem encarcerar as pessoas, mas não seus ideais. Liberdade para a Venezuela."

    Já Macron, que na última terça (29) chamou o regime chavista de ditadura, disse esperar que Tintori consiga viajar. "Esperamos Lilian Tintori na Europa. A oposição venezuelana deve permanecer livre."

    O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, condenou as declarações de Rajoy e Macron e os criticou por "apoiar quem cometeu graves crimes de corrupção", em referência a Tintori.

    "No nosso país toda organização política deve prestar contas sobre a origem de seus recursos. Não existem partidos nem figuras intocáveis."

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