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    Em declaração final, Brics condenam testes nucleares da Coreia do Norte

    GUSTAVO URIBE
    ENVIADO ESPECIAL A XIAMEN

    03/09/2017 10h48

    Chen Yehua/Xinhua
    Painel de discussão durante a conferência do Brics neste sábado (3) em Xiamen, na China
    Painel de discussão durante a conferência do Brics neste sábado (3) em Xiamen, na China

    Em declaração final, que será divulgada na segunda-feira (4), os países que integram o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) condenarão os testes nucleares promovidos pela Coreia do Norte e revindicarão a abertura de um diálogo do país oriental com a comunidade internacional.

    O assunto vem sendo discutido desde o mês passado, e os chanceleres dos cinco países que integram o bloco comercial chegaram a um consenso sobre a necessidade de abordar o tema no documento final da nona cúpula do Brics.

    Os detalhes finais da declaração serão fechados nesta segunda-feira (4) e divulgados ao final do dia. A inclusão da crítica ganhou mais peso após Coreia do Norte ter anunciado que obteve sucesso no teste de uma bomba de hidrogênio.

    O país oriental tem protagonizado uma crise nos últimos meses com os Estados Unidos e a Rússia por conta de sua corrida armamentista.

    Em discurso, horas depois do anúncio, o presidente da China, Xi Jinping, disse que o egoncentrismo está em ascensão no mundo e ressaltou que é necessário acabar com as "chamas da guerra".

    Segundo ele, a comunidade internacional tem de superar focos de tensões locais e promover uma abertura tanto comercial quanto diplomática.

    "A paz do mundo foi mantida por mais de metade do século. O mundo, porém, ainda não é pacífico e conflitos ocorrem um após o outro", disse.

    BRASIL

    Em declaração à imprensa, o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes, disse que o novo teste é uma "ameaça apavorante" e afirmou que o mundo está ficando "cada vez mais perigoso".

    "É preciso deter essa escalada. O Brasil condena e apoia resolução da ONU aplicando sanções à Coreia do Norte em razão de testes nucleares", disse.

    Segundo ele, "não há saída fora de uma negociação entre as partes interessadas". "E será nesse sentido nossa declaração final no Brics, porque não há saída fora disso", disse.

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