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    Putin propõe criação de canal de televisão do Brics

    GUSTAVO URIBE
    ENVIADO ESPECIAL A XIAMEN (CHINA)

    04/09/2017 07h06

    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs nesta segunda-feira (4) a criação de um canal de televisão do bloco econômico do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

    A ideia é que a rede de comunicação produza material jornalístico e de entretenimento sobre as iniciativas comerciais e culturais dos cinco países, bem como de encontros no âmbito do fórum econômico.

    A iniciativa foi sugerida em reunião ampliada com os presidentes dos países do bloco internacional em Xiamen, na China.

    Segundo a Folha apurou com autoridades presentes da reunião, a ideia foi bem aceita tanto pela China como pelo Brasil.

    "Foi levantada a questão de termos uma televisão que cobre notícias do Brics. Eu acho uma ideia interessante e precisamos estudar a viabilidade", disse o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes.

    Wu Hong/AFP
    O presidente Michel Temer (à esq.) ao lado de líderes do Brics nesta segunda (4)
    O presidente Michel Temer (à esq.) ao lado de líderes do Brics nesta segunda (4)

    Na América do Sul, desde 2005, há a Telesur, criada pelo ex-presidente Hugo Chávez como uma rede de televisão para a região. Ela é financiada pela Venezuela, Cuba, Equador, Bolívia e Uruguai.

    Na reunião, o presidente Michel Temer defendeu a criação de uma espécie de fórum de inteligência no bloco comercial para troca de informações no combate ao terrorismo.

    "Não podemos nos acomodar diante da persistente ameaça do terrorismo, à qual nenhum de nossos países está imune. Esse é um tema que exige de todos a ação crescentemente coordenada", disse.

    Após a reunião, Aloysio Nunes disse em entrevista à imprensa que a abertura de um escritório do NBD (Novo Banco do Desenvolvimento) está em processo "adiantado".

    "Está muito adiantada a negociação para que nós tenhamos uma agência no Brasil, em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Isso vai ser concretizado no curto prazo", disse.

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