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    Governo Trump

    Facebook vendeu anúncios a perfis falsos russos em eleição nos EUA

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    06/09/2017 22h51

    O Facebook revelou nesta quarta (6) ter descoberto que centenas de páginas e perfis falsos ligados a uma obscura empresa russa compraram US$ 100 mil em anúncios políticos durante a campanha eleitoral de 2016.

    Representantes do Facebook disseram, durante sessão fechada no Congresso, em meio a investigações sobre a possível interferência do governo russo nas eleições, que a maior parte dos 3.000 anúncios que circularam desde o meio de 2015 não se referiam a candidatos específicos.

    Loic Venance - 28.dez.2016/AFP
    Facebook declara que vendeu anúncios a perfis falsos russos usados na campanha eleitoral dos EUA
    Facebook declara que vendeu anúncios a perfis falsos russos usados na campanha eleitoral dos EUA

    Eles, porém, falavam de temas sociais polêmicos como direitos dos gays, controle de armas, imigração e raça.

    Alguns poucos citavam os nomes dos candidatos Hillary Clinton (democrata) e Donald Trump (republicano).

    Segundo a empresa, 470 páginas associadas aos anúncios foram fechadas por violarem a política do Facebook.

    Os anúncios estariam ligados a uma empresa russa chamada Internet Research Agency, conhecida por usar contas falsas para publicar em redes sociais e fazer comentários em sites de notícias, a maioria pró-Kremlin.

    Um funcionário do governo familiarizado com a investigação interna do Facebook disse ao "Washington Post" que a empresa não pode determinar, contudo, se os anúncios vendidos tinham algumas coordenação entre si.

    TRUMP JR.

    O Congresso e o FBI (polícia federal americana) investigam a interferência russa nas eleições, e a possível ligação de integrantes da equipe de campanha de Donald Trump com esses esforços.

    Nesta quinta, Donald Trump Jr., o filho mais velho do presidente, vai responder a perguntas de parlamentares em sessão do Comitê de Justiça do Senado sobre seu encontro com uma advogada russa na campanha eleitoral para receber informações que poderiam prejudicar a adversária do pai, Hillary.

    Em julho, o "New York Times" havia revelado que o filho do presidente se reunira, em junho de 2016, com Natalia Veselnitskaya, advogada ligada ao Kremlin. Participaram também do encontro Jared Kushner, genro e assessor de Trump, e Paul J. Manafort, o homem então à frente da campanha de Trump.

    Trump Jr. confirmou a reunião na Trump Tower, mas mudou a versão sobre seu conteúdo em menos de 24 horas. Primeiro, ele disse que a advogada queria debater a suspensão, por Moscou, do programa para a adoção de crianças russas. Depois, admitiu que o encontro seria para receber denúncias sobre a democrata. Segundo Trump Jr., Veselnitskaya fez apenas declarações "vagas, ambíguas e sem sentido".

    O encontro de junho foi marcado por intermédio do cantor pop Emin Agalarov, uma estrela na Rússia e filho do bilionário Aras Agalarov, que tem relações próximas com o presidente Vladimir Putin. A família Agalarov foi importante patrocinadora na Rússia, em 2013, do Miss Universo, uma marca das organizações Trump.

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