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    Epidemia de malária bate recorde na Venezuela e pode ameaçar Brasil

    YAN BOECHAT
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CARACAS

    07/09/2017 02h00

    Meridith Kohut - 24.mai.2016/"The New York Times"
    Mulher espera atendimento médico para o filho, que tem malária, em Ciudad Guayana, na Venezuela
    Mulher espera atendimento médico para o filho, que tem malária, em Ciudad Guayana, na Venezuela

    Além da difteria, a Venezuela vive sua maior epidemia de malária. Segundo informações não oficiais da Sociedade Venezuelana de Saúde Pública e levantamentos independentes de universidades, neste ano a Venezuela deve registrar de 500 mil a 800 mil casos da doença.

    A maior concentração está no Estado de Bolívar, na fronteira com o Brasil.

    O ex-ministro da saúde da Venezuela Carlos Walter Valecillos integra grupo de médicos que tem pressionado ministros da saúde dos países vizinhos a agir para impedir a proliferação da doença.

    "Já enviamos uma carta ao ministro da Saúde do Brasil para que amplie o controle nas regiões de fronteira com a Venezuela e pressione nosso governo a agir de forma mais eficaz no combate ao vetor e no tratamento dos doentes para que não haja proliferação ainda maior", diz.

    Para o coordenador da Unidade de Políticas Públicas da Universidade Simon Bolívar, Marino González, a epidemia atinge nível histórico, e o número de casos dobra ano a ano.

    "Em 2015 tivemos pouco mais de 100 mil casos, o que já era muito. No ano passado foram 250 mil, e neste ano prevemos que até 3% da população possa ser contaminada" —seriam 930 mil pessoas. Apesar de não haver vacina, a malária pode ser controlada combatendo o mosquito transmissor e tratando rapidamente os doentes.

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