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    Irma é rebaixado para tempestade tropical; 6,7 mi estão sem luz nos EUA

    DE WASHINGTON
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    11/09/2017 09h29 - Atualizado às 16h33

    O Irma, que chegou a ser classificado como furacão de categoria 5 –a mais alta– foi rebaixado nesta segunda-feira (11) para tempestade tropical enquanto avança pelo Estado da Flórida, nos Estados Unidos, onde ao menos quatro pessoas morreram por causa do fenômeno.

    Apesar de perder força, o Irma continua provocando estragos nos EUA. Segundo autoridades norte-americanas, mais de 6,7 milhões de casas e empresas estão sem energia elétrica na Flórida e aproximadamente 220 mil estão em abrigos.

    Às 8h locais (9h de Brasília) desta segunda, os ventos alcançavam a velocidade máxima de 110 km/h –bem abaixo dos mais de 200 km/h registrados nos EUA no fim de semana.

    De acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC), o olho do furacão estava a 170 quilômetros ao norte de Tampa. O instituto afirmou que há possibilidade de novas inundações "que representam ameaças à vida".

    "Permaneçam dentro de casa e seguros", disse o governador da Flórida, Rick Scott, após o Irma perder força. Ele afirmou que a combinação "de uma tempestade perigosa com a maré provoca, normalmente, inundações nas áreas secas próximas à costa".

    Na manhã de domingo (10), o Irma atingiu a área de Flórida Keys como furacão de categoria 4. Quase 6,3 milhões de pessoas receberam ordem para abandonar suas casas em todo o Estado.

    "Os barcos estão literalmente quebrados, as palmeiras estão no chão, as linhas de energia elétrica estão caindo", disse por telefone ao canal CNN a socorrista Maggie Howes.

    Uma policial e um oficial penitenciário morreram em acidentes de trânsito no domingo nas imediações da cidade de Sarasota. Outro homem morreu no sábado (9), quando seu caminhão bateu em uma árvore na cidade de Key West.

    ESTRAGOS
    Na Flórida, os estragos foram bem menores que o esperado diante da força que o Irma mostrava nos últimos dias. As regiões mais afetadas foram as ilhas Key, no extremo sul do Estado, e Jacksonville, que teve uma grande área alagada. No restante da Flórida, casas foram destruídas, árvores e postes derrubados e carros revirados.

    Segundo o Itamaraty, não há registro de brasileiros desaparecidos. O consulado do Brasil em Miami pode ser reaberto nesta quarta (13).

    O publicitário brasileiro Marcelo Goulart, 40, que decidiu permanecer em casa em Miami Beach depois que o furacão mudou de rota para a costa oeste da Flórida, disse ter ficado apreensivo com a força do vento, que balançou o prédio onde mora.

    "Se mesmo tendo mudado de rota, o impacto do furacão aqui já foi assim, da próxima vez eu com certeza não vou ficar em casa", disse. Segundo Goulart, Miami Beach parecia uma "cidade-fantasma" nesta segunda, com pouquíssimas pessoas nas ruas e muitas árvores derrubadas.

    Em Tampa, que estava na rota do furacão, os impactos também foram bem menores do que o esperado. O parque Busch Gardens deve reabrir nesta quarta. Em Orlando, o Disney World reabre já nesta terça-feira (12).

    ESTADO DE EMERGÊNCIA

    O presidente americano, Donald Trump, declarou estado de catástrofe natural na Flórida, medida que permite ao governo desbloquear verbas e recursos federais suplementares para socorrer a península afetada pelo Irma.

    "Neste momento estamos preocupados com as vidas e não com os prejuízos", disse Trump após uma reunião com funcionários da Segurança Nacional e de gestão de emergências. Ele prometeu viajar para a Flórida "muito em breve".

    O serviço meteorológico privado Accuweather calculou que os danos provocados pelo Irma devem superar US$ 100 bilhões, e os do Harvey, que devastou o Estado do Texas há duas semanas, quase US$ 190 bilhões, o que equivale no total a 1,5% do PIB dos EUA.

    CUBA

    Cuba também foi afetada pelo Irma e registrou fortes inundações no litoral noroeste, de Matanzas a Havana, "com ondas entre 6 a 9 metros", segundo o Instituto de Meteorologia cubano.

    A água do mar avançou 500 metros em Havana. Ao menos 1,5 milhão de moradores abandonaram suas casas na ilha, onde os ventos derrubaram árvores e postes de energia elétrica.

    De acordo com o governo cubano, dez pessoas morreram e houve "danos materiais significativos".

    No Caribe, a passagem do furacão Irma deixou ao menos 37 mortos, sendo dez na parte francesa e quatro na área holandesa de Saint Martin; dez em Cuba; quatro nas Ilhas Virgens americanas; seis nas Ilhas Virgens britânicas e no arquipélago de Anguilla; dois em Porto Rico; e um em Barbuda.

    O presidente francês, Emmanuel Macron, deve viajar ainda nesta segunda para a ilha de Saint Martin.

    Editoria de Arte/Folhapress
    Furacão Irma

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