• Mundo

    Wednesday, 01-May-2024 23:05:33 -03

    Coreia do Norte

    Coreia do Norte tinha Guam em mente ao lançar míssil, diz ministro japonês

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    15/09/2017 09h56 - Atualizado às 11h34

    KCNA/via Reuters
    North Korean leader Kim Jong Un inspected the Command of the Strategic Force of the Korean People's Army (KPA) in an unknown location in North Korea in this undated photo released by North Korea's Korean Central News Agency (KCNA) on August 15, 2017. KCNA/via REUTERS REUTERS ATTENTION EDITORS - THIS PICTURE WAS PROVIDED BY A THIRD PARTY. NO THIRD PARTY SALES. SOUTH KOREA OUT. NO COMMERCIAL OR EDITORIAL SALES IN SOUTH KOREA. ORG XMIT: GDY01
    O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, analisa plano para atacar a ilha norte-americana de Guam

    O ministro da Defesa do Japão, Itsunori Onodera, afirmou nesta sexta-feira (15) que a Coreia do Norte tinha a ilha norte-americana de Guam em mente ao disparar novo míssil que sobrevoou o Japão nesta quinta (14).

    O artefato percorreu uma distância de 3.700 quilômetros e sobrevoou o norte do Japão antes de cair no oceano, a quase 2.000 km ao leste da costa da ilha nipônica de Hokkaido. 

    "É um alcance que permite atingir Guam", disse Onodera sobre a base militar no Pacífico que fica a 3.400 km da Coreia do Norte.

    Segundo a União de Cientistas Interessados, o teste foi significativo, mas a precisão do míssil, ainda em fase inicial de desenvolvimento, é baixa.

    Em agosto, o ditador Kim Jong-un apresentou plano para atacar Guam após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar retaliar Pyongyang com "fogo e fúria". Poucos dias depois, entretanto, o regime norte-coreano afirmou que iria adiar o ataque.

    De acordo com Onodera, a Coreia do Norte continuará realizando "ações similares" ao teste desta quinta por causa da resolução contra Pyongyang imposta pela ONU na segunda (11), na oitava rodada de sanções contra o país por seu programa nuclear desde julho de 2006.

    A medida proíbe as exportações têxteis norte-coreanas e restringe o seu abastecimento em petróleo e gás.

    Assista ao vídeo

    REUNIÃO DE EMERGÊNCIA

    O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o último disparo norte-coreano e anunciou que, na semana que vem, o país será tema da Assembleia Geral da entidade.

    Mas, ainda nesta sexta, o Conselho de Segurança da ONU fará uma reunião de emergência para discutir o lançamento. O evento deve começar às 16h (de Brasília).

    Esta é a segunda vez em menos de um mês que um míssil norte-coreano sobrevoa o território japonês. Em 29 de agosto, um míssil balístico de alcance intermediário, o Hwasong-12, percorreu 2.700 quilômetros sobre o Japão antes de se desfazer em pedaços e cair no mar.

    "O Japão nunca tolerará os perigosos atos de provocação da Coreia do Norte que ameaçam a paz no mundo", afirmou o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, após o disparo desta quinta.

    A Coreia do Norte vem realizando uma série de testes com mísseis nos últimos meses. Em julho, o país testou mísseis intercontinentais. No dia três de setembro, o regime realizou o seu teste mais potente até hoje com o que seria uma bomba de hidrogênio.

    Autoridades dos EUA reafirmaram o compromisso inabalável de Washington com a defesa de seus aliados. O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, pediu "novas medidas" contra os norte-coreanos e disse que as "provocações contínuas só aprofundam o isolamento diplomático e econômico da Coreia do Norte".

    O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, disse que um diálogo com o vizinho é impossível neste momento.

    Editoria de Arte/Folhapress
    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024