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    Coreia do Norte

    Japão se alinha aos EUA e pede mais pressão sobre Coreia do Norte

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    21/09/2017 12h19

    Timothy A.Clary/AFP
    Shinzo Abe, Prime Minister of Japan, addresses the 72nd UN General Assembly on September 20, 2017, at the United Nations in New York. / AFP PHOTO / TIMOTHY A. CLARY ORG XMIT: TC044
    O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse que a ameaça da Coreia do Norte é 'sem precentes'

    Em um discurso na Assembleia Geral da ONU totalmente dedicado às tensões com Pyongyang, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou que é necessário "mais pressão" para lidar com a Coreia do Norte, "não diálogo".

    Alinhando-se ao posicionamento americano, o premiê declarou que as negociações para desarmamento de Pyongyang das últimas duas décadas haviam falhado e demonstrou apoio às declarações do presidente americano Donald Trump de que "todas as opções estão sobre a mesa".

    Nos últimos meses, a Coreia do Norte intensificou seus testes balísticos e lançou dois mísseis que sobrevoaram a ilha do Japão, aumentando a tensão entre os dois países.

    "A gravidade desta ameaça é sem precedentes", disse Abe à plateia de líderes mundiais e diplomatas.

    "As armas nucleares da Coreia do Norte já são, ou estão a ponto de se tornarem, bombas de hidrogênio " afirmou o premiê, acrescentando que "cedo ou tarde" Pyongyang conseguirá lançá-las usando mísseis intercontinentais.

    Em seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU, na terça-feira (19), Trump retomou o tom duro contra o regime de Kim Jong-un e disse que se os Estados Unidos "forem forçados a se defender ou defender seus aliados, não teremos outra a escolha que destruir totalmente a Coreia do Norte".

    Em resposta, o ministro de relações exteriores norte-coreano, Ri Yong-ho, disse que "ele [Trump] está sonhando se pensa em nos assustar com o som de um cachorro latindo".

    O discurso de Ri na cúpula está previsto para sexta-feira (22) e deve ser recebido com atenção pela comunidade internacional.

    A chanceler alemã Angela Merkel criticou o tom do discurso de Trump e afirmou ser "contra essas ameaças" em entrevista durante sua campanha eleitoral.

    Perguntado sobre as declarações de Trump, o presidente brasileiro, Michel Temer, disse que a posição brasileira é sempre de "conversas, de soluções diplomáticas".

    CAUTELA

    Adotando um tom mais ameno que o de seus aliados, o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, pediu a Pyongyang que abandonasse seu programa de armas nucleares e participasse do diálogo para prevenir um conflito.

    Moon apoiou sanções mais fortes em resposta aos teste recentes feito pela Coreia do Norte e afirmou que as relações com o regime de Kim Jong-un devem ser "administradas de forma estável" para evitar uma escalada de tensão e confrontos militares.

    O presidente sul-coreano disse que a Coreia do Norte "deve imediatamente cessar de tomar decisões inconsequentes que poderiam levar ao seu isolamento e colapso, e escolher o caminho do diálogo".

    "Nós não desejamos a queda da Coreia do Norte. Nós não buscaremos a unificação ou A absorção por meios artificiais; se a Coreia do Norte decidir ficar no lado certo da história, nós estamos prontos para assisti-la junto com a comunidade internacional", declarou Moon.

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