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    Prédios históricos do centro da Cidade do México saem ilesos de terremoto

    SILAS MARTÍ
    ENVIADO ESPECIAL À CIDADE DO MÉXICO

    22/09/2017 02h00

    Xinhua
    Escavadeira retira escombros nesta quinta de um prédio destruído pelo terremoto na Cidade do México
    Escavadeira retira escombros nesta quinta de um prédio destruído pelo terremoto na Cidade do México

    Não fossem as enormes tendas brancas montadas no meio do Zócalo, a gigantesca praça no coração da Cidade do México teria a mesma cara de antes do terremoto.

    Enquanto voluntários, policiais e soldados operam ali a central de abastecimento de comida, capacetes e remédios que irrigam a metrópole aos remendos, alguns prédios construídos há séculos não sofreram quase nenhum dano visível.

    É fato que a catedral tem uma das laterais meio afundada, mas isso é culpa de a cidade ter sido construída em cima de um lago. De frente para ela, a sede da prefeitura, um edifício da década de 1940, foi poupada pelo tremor e também cedeu suas arcadas para os mantimentos.

    Os palácios de governo em torno do Zócalo, aliás, só estão fechados agora, segundo um funcionário público, porque é praxe —em caso de terremoto, todos os prédios oficiais precisam ser inspecionados até que possam ser usados de novo.

    Mas a situação é outra a poucas quadras dali. No calçadão da rua 16 de Septiembre, algumas galerias comerciais construídas na década de 1960 estão fechadas, algumas com grandes rachaduras.

    Outro ponto do centro, distante da região histórica, porém, lembrava uma zona de guerra. Um armazém com um furgão massacrado por escombros na garagem parecia uma natureza-morta do rastro de uma catástrofe.

    "Todos os prédios podem cair", dizia Mario Prian, dono do imóvel, sentado debaixo da marquise destroçada, com medo de saques. "Estamos correndo riscos, mas não posso deixar o prédio com as coisas dentro."

    Na quadra ao lado, o que era uma fábrica virou um amontoado de concreto. Homens amarravam cordas a vigas e pedras e puxavam com o próprio corpo os destroços de onde 14 pessoas foram retiradas vivas.

    Editoria de Arte/Folhapress
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