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    Governo francês fala em 'fracasso' após eleições para Senado

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    25/09/2017 15h08

    Vadim Ghirda/Associated Press
    French President Emmanuel Macron gestures during a joint press conference with Romanian counterpart Klaus Iohannis, in Bucharest, Romania, Thursday, Aug. 24, 2017. Macron said Thursday he is "convinced" European Union member states will reach an agreement by the end of the year on over so-called "posted workers" _ cheap labour from Eastern Europe posted temporarily to more prosperous European countries. (AP Photo/Vadim Ghirda) ORG XMIT: XVG112
    O presidente da França, Emmanuel Macron, durante entrevista na Romênia

    O porta-voz do governo francês afirmou nesta segunda-feira (25) que as eleições para o Senado representaram um "fracasso" para o partido República em Frente!, do presidente centrista Emmanuel Macron.

    No domingo (24), o partido de Macron e seus aliados tinham como objetivo conquistar a maioria de três quintos em ambas as câmaras do Parlamento, o que garantiria tranquilidade a Macron para aprovar reformas constitucionais.

    Na votação, entretanto, os Republicanos –principal partido de oposição da direita– consolidaram a atual maioria conservadora e ampliaram a sua maioria para 159 assentos dos 348 da Câmara.

    O República em Frente!, por sua vez, que esperava conquistar entre 40 a 50 assentos no Senado, acabou obtendo apenas 28.

    Na prática, as consequências desses resultados são limitadas, uma vez que na França, em caso de desacordo entre as duas câmaras do Parlamento, a última palavra é dos deputados. 

    Mas o resultado pode implicar em dificuldade na implementação de metas do governo, já que um Senado de direita pode retardar a aprovação de propostas.

    Além disso, a aprovação do Senado é indispensável para a criação de emendas constitucionais, o que poderia atrapalhar os planos de Macron, que havia prometido realizar importantes reformas constitucionais, incluindo a redução de um terço do número de parlamentares.

    Os resultados vêm com o declínio da popularidade de Macron apenas quatro meses após a eleição de maio. Suas taxas de aprovação caíram consideravelmente nas pesquisas de opinião, arrastadas pelas reformas trabalhistas e cortes orçamentários.

    Os novos senadores iniciarão suas atividades no dia 2 de outubro, quando devem eleger seu novo presidente. Na França, o presidente do Senado, como segunda personalidade do Estado, é o responsável por substituir o presidente em caso de morte ou destituição do cargo. 

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