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    Palestino mata três israelenses em ataque na Cisjordânia

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    26/09/2017 08h25 - Atualizado às 22h50

    Ariel Schalit/Associated Press
    Agentes de segurança israelense conversam após ação de palestino que deixou três mortos na Cisrjodânia
    Agentes de segurança israelenses conversam após ação de palestino que deixou três mortos

    Um palestino matou a tiros três agentes de segurança israelenses e feriu um quarto nesta terça-feira (26), na entrada do assentamento Har Adar, na Cisjordânia. O agressor, que estava armado com um revólver, foi morto pela polícia após a ação.

    De acordo com um porta-voz da polícia israelense, o homem se aproximou de uma das entradas do assentamento quando trabalhadores palestinos passavam pelos controles de segurança antes do início de suas atividades na colônia.

    A atitude do palestino provocou suspeitas dos policiais, e ele recebeu ordem para interromper a caminhada, mas sacou a arma e abriu fogo.

    As forças de seguranças de Israel identificaram o homem como Nimr Jamal, 37, morador de Beit Surik, localidade próxima à colônia israelense. O Exército israelense ocupou o local após o ataque.

    O incidente foi incomum, uma vez que o agressor tinha permissão de trabalho israelense —que implica um processo de verificação de segurança—, ao contrário da maioria dos palestinos envolvidos em atentados contra israelenses.

    Segundo o Shin Bet (agência de segurança interna do país), o atirador tinha "diversos problemas pessoais e familiares, incluindo violência doméstica".

    Moradores de Beit Surik disseram a jornais israelenses que Jamal trabalhava como faxineiro e que ele tinha acabado de se separar da mulher. Segundo o Shin Bet, ela se mudou para a Jordânia para fugir dos abusos do marido e o deixou com os quatro filhos do casal.

    Os mortos foram identificados como o policial Solomon Gavria, 20, e os agentes de segurança privada Yousef Othman, 25, e Or Arish, 25.

    Har Adar, assentamento onde ocorreu o ataque, é uma colônia com quase 4.000 habitantes na Cisjordânia, território palestino ocupado pelo Exército israelense há 50 anos. A colônia fica dentro do perímetro da barreira de segurança construída por Israel exatamente para evitar os ataques palestinos.

    O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, acusou a Autoridade Palestina de incentivar esse tipo de de ataque. Ele anunciou ainda que a casa onde o palestino morava será derrubada e que o governo vai retirar a permissão de trabalho de todos os seus parentes.

    Dezenas de milhares de palestinos viajam diariamente a Israel ou até as colônias para trabalhar, geralmente atraídos por salários maiores, apesar de críticas de outros palestinos.

    Desde setembro de 2015, 51 israelenses, dois americanos e um britânico foram mortos em ataques de palestinos.

    No mesmo período, as forças israelenses mataram 255 palestinos —a maioria dos quais, segundo as Forças de Segurança de Israel, era de terroristas, agressores ou foi morta em confrontos com as forças de segurança.

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