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    Uma semana após furacão, Porto Rico continua sem energia e água

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    27/09/2017 13h05

    Uma semana após a passagem do furacão Maria, Porto Rico continua sem energia elétrica na maior parte de seu território e sofre com a falta de alimentos e água potável.

    No dia 20, o Maria se tornou um dos furacões mais potentes a tocar o solo de Porto Rico, causando a morte de pelo menos 16 pessoas e provocando danos em toda a ilha, que dias antes já havia sofrido com o furacão Irma.

    Segundo autoridades locais, o processo de recuperação será longo e complicado. Nesta terça (26), o Conselho Coordenador do Subsetor de Eletricidade de Porto Rico disse que as avaliações sobre os danos na ilha não foram concluídas e, somente após isso, serão determinadas quais recursos humanos e de equipamentos serão necessários para restaurar a energia.

    Com a situação ainda crítica, Donald Trump afirmou que em breve visitará Porto Rico. O presidente dos Estados Unidos é criticado pela demora em responder à tragédia.

    Apesar do anúncio, Trump já avisou que, por se tratar de uma ilha, o envio de ajuda a Porto Rico será mais complicado do que para os Estados do Texas e da Flórida, que também sofreram com furacões nas últimas semanas.

    Os pedidos a Washington por água, comida e combustível, entretanto, não cessam.

    "É [uma questão de] vida ou a morte", disse à CBS News a prefeita de San Juan, a capital porto-riquenha, Carmen Yulin Cruz. "Há pessoas que não têm nem comida, nem água há 14 dias".

    CRÍTICAS

    O cantor de salsa porto-riquenho Marc Anthony pediu a Trump que deixe de falar da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL) e "faça algo" pelo "necessitado Porto Rico".

    Nos últimos dias, Trump protagonizou polêmica ao comentar protestos de atletas do país durante o hino nacional norte-americano.

    "Também somos cidadãos dos Estados Unidos", disse Anthony.

    Apelando a uma "ação rápida" de Trump e do Congresso, o governador porto-riquenho, Ricardo Rosselló, também lembrou que a ilha "é parte dos Estados Unidos" e reforçou a necessidade de "apoio total" do governo.

    Para o democrata Adam Smith, a resposta de Trump à crise é "totalmente inadequada".  "É uma vergonha", disse Smith em comunicado.

    Apesar das inúmeras críticas, a Fema (Agência Federal de Gestão de Emergências) disse que há mais de dez mil funcionários em Porto Rico e nas vizinhas Ilhas Virgens americanas. A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, também desconsiderou os questionamentos.

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