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    Além de Catalunha, outras regiões na Europa têm grupos separatistas

    DIOGO BERCITO
    DE MADRI

    29/09/2017 02h00 - Atualizado às 11h45

    Vincent West - 16.set.2017/Reuters
    Cartaz de separatistas em Bilbao diz: "Catalunha hoje, País Basco amanhã", em alusão a plebiscito
    Cartaz de separatistas em Bilbao diz: "Catalunha hoje, País Basco amanhã", em alusão a plebiscito

    A reivindicação catalã por independência é antiga e teve especial força nos anos 1930. Mas a causa é eclipsada, na Europa, pela memória recente de outro separatismo espanhol: o basco.

    Militantes do País Basco, no nordeste, lutaram durante décadas por sua independência, negada pelo Estado em Madri.

    A milícia separatista ETA, formada no fim dos anos 1950, foi responsável pela morte de mais de 800 pessoas durante longos anos de atividade na Espanha e na França, com sequestros e ondas de ataques a bomba.

    Essa organização foi progressivamente desmontada pela ação policial espanhola e, neste ano, anunciou seu desarmamento definitivo de maneira unilateral.

    Mas o País Basco tem hoje algum grau de autonomia, com seu próprio Parlamento, assim como a Catalunha.

    Essas concessões são resultado de acordos estabelecidos na transição democrática, após a morte do ditador Francisco Franco em 1975.

    A determinação catalã atual em se separar da Espanha vem da sensação de sua classe política de que esses arranjos não são suficientes e devem ser substituídos pela independência total.

    Outras regiões na Europa tentaram, com graus de sucesso variados, separar-se do poder central.

    O melhor exemplo é a Escócia, que hoje é parte do Reino Unido. Os escoceses votaram em 2014 por sua independência, mas separatistas foram derrotados por 55% da população, que preferiu continuar com Londres.

    As consultas na Catalunha e na Escócia são bastante diferentes, em especial porque o governo britânico havia permitido o voto e a decisão poderia levar à separação.

    Editoria de arte/Folhapress

    ILEGAL

    Já Madri diz que o plebiscito catalão é ilegal —contraria inclusive uma decisão do Tribunal Constitucional.

    Ou seja, ainda que o Parlamento catalão declare a independência após o voto, ela não terá valor legal. É possível que Madri reaja revogando a autonomia catalã e prendendo o seu presidente, Carles Puigdemont.

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