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    Rodrigo Maia irá a Israel para tentar melhorar relação bilateral

    DANIELA KRESCH
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM TEL AVIV (ISRAEL)

    02/10/2017 02h00

    O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, confirmou que irá a Jerusalém para uma visita ao Parlamento israelense no próximo dia 30.

    Maia aceitou um convite oficial feito neste domingo (1º) pelo presidente da Casa, Yuli Edelstein.

    Além de Israel, Rodrigo Maia também visitará Ramallah, na Cisjordânia.

    O convite pode ser visto como o primeiro resultado da reunião entre o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, e o presidente brasileiro, Michel Temer (PMDB), durante a Assembleia-Geral da ONU, no dia 19 de setembro.

    O encontro entre os dois líderes foi marcado após intervenção direta do embaixador de Israel no Brasil, Yossi Sheli.

    "Essa visita [de Maia] é uma continuação direta do encontro em Nova York para descongelar ainda mais o relacionamento entre os dois países", disse o embaixador à Folha.

    Brasília tinha ficado incomodada por Netanyahu não ter visitado o país em seu giro de quatro dias na América Latina, em setembro. Na viagem, ele passou por Argentina, Colômbia e México.

    Edgard Garrido/Reuters
    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante entrevista coletiva no México
    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante entrevista coletiva no México

    Segundo Sheli, o Brasil não entrou no cronograma da viagem —a primeira de um premiê israelense à América Latina— por causa da crise política no país.

    Durante um encontro com diplomatas brasileiros em Tel Aviv, no último dia 26, o ministro das Comunicações de Israel, Ayoob Kara, disse que o premiê prometeu que fará uma nova visita a América Latina -e dessa vez incluirá o Brasil.

    As relações diplomáticas entre os dois países estão frágeis desde 2015, quando Netanyahu indicou Dani Dayan como embaixador no país, ainda durante o governo Dilma Rousseff (PT).

    Dayan tem ligação com o movimento de colonos na Cisjordânia, prática a que a diplomacia brasileira se opõe. Assim, o Itamaraty se recusou a aceitar a indicação.

    Com isso, o posto de embaixador em Brasília ficou vago por mais de um ano, até a indicação de Sheli ser aprovada, já por Temer.

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