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    Governo espanhol diz que vai revisar previsão de crescimento

    Ints Kalnins/Reuters
    DE MADRI

    14/10/2017 03h49

    Em meio à crise separatista catalã, o governo espanhol sinalizou nesta sexta-feira (13) que irá revisar sua previsão de crescimento para 2018, hoje de 2,6%.

    O ministro da Economia, Luis de Guindos, que falou a repórteres em Washington (EUA), não estimou qual será a redução.

    O anúncio se soma a outros reveses à economia espanhola nestas semanas, desde o plebiscito independentista de 1º de outubro.

    Dados preliminares publicados nesta sexta-feira pelo jornal local "El País" sugerem que ao menos 540 empresas deixaram a região da Catalunha desde o início do mês, entre elas gigantes como o CaixaBank –terceiro maior banco espanhol– e o grupo editorial Planeta.

    Preocupadas com a instabilidade política, essas firmas deslocaram suas sedes a outras regiões espanholas.

    Já as reservas nos hotéis de Barcelona, capital catalã, caíram até 30% no período.

    O pessimismo econômico pode servir de freio ao apoio popular à independência, considerada ilegal por Madri.

    A Catalunha é uma das regiões mais prósperas da Espanha, com o equivalente a 20% de seu PIB (produto interno bruto), cujo valor nacional é hoje de R$ 1,2 trilhão.

    A pujança econômica catalã é um dos argumentos dos separatistas, que afirmam ter um futuro mais próspero se forem independentes do restante do país.

    Mas a agência de classificação de risco Standard & Poor's alertou nesta semana para o risco de que a Catalunha entre em recessão caso persista a crise política.

    Outro baque sofrido nesta sexta-feira pelo projeto separatista catalão foi a crítica de Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia (braço Executivo da União Europeia). Ele se posicionou contrário à independência da região espanhola.

    "Caso a Catalunha fosse independente, outros fariam o mesmo", afirmou Juncker. "E eu não quero uma União Europeia de 98 Estados."

    Outros atores internacionais já sinalizaram também desgosto com o separatismo. A França, em especial, alertou que não reconheceria um eventual Estado catalão.

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