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    Reino Unido discute limite a estrangeiro em setores estratégicos

    DA REUTERS

    18/10/2017 16h53

    Tolga Akmen - 9.set.2017/Reuters
    Marcha anti-"brexit" no centro de Londres
    Marcha anti-"brexit" no centro de Londres

    O Reino Unido quer uma maior supervisão sobre negócios nas áreas militar e de tecnologia e o governo tenta evitar que empresas em setores sensíveis caiam em mãos estrangeiras.

    As novas propostas, anunciadas na terça (17) em meio a discussões sobre regras para fusões e aquisições, são uma novidade em um país que tradicionalmente é um dos mais abertos a negócios com estrangeiros.

    Isso mudou após uma série de aquisições por empresas chinesas, que levou a preocupações em países como Alemanha e Estados Unidos.

    "À primeira vista, nos preocupamos com o fato de que essas propostas possam ser vistas de forma negativa, o contrário da mensagem 'Reino Unido aberto aos negócios' que as acompanham", diz Angus Coulter, do escritório de advocacia Hogan Lovells.

    O enfraquecimento da libra esterlina desde o plebiscito que aprovou o "brexit", a saída do Reino Unido da União Europeia, tornou as empresas britânicas mais baratas para compradores estrangeiros.

    A premiê Theresa May disse em setembro que seu governo seria mais cuidadoso com investimentos estrangeiros depois de aprovar um plano de US$ 24 bilhões para uma usina nuclear no sudoeste da Inglaterra que inclui dinheiro chinês.

    Desde então, houve diversas compras de grandes empresas britânicas por estrangeiros, em particular no setor de tecnologia.

    As propostas em discussão incluem reduzir para 1 milhão de libras de receita o limiar acima do qual o governo passa a poder analisar fusões e aquisições –hoje, esse limite é de 70 milhões de libras. Essa regra se aplicaria a empresas nos setores militar e de design de chips.

    O Reino Unido, a quinta maior economia do mundo, está tentando manter um equilíbrio entre a necessidade de se mostrar aberto a investimentos depois do "brexit" com a promessa de May de intervir quando grandes investimentos estrangeiros ameaçam ativos considerados estratégicos.

    Dados da Thomson Reuters mostram que o volume de fusões e aquisições envolvendo empresas do Reino Unido aumentou 26% neste ano, para US$ 125 bilhões.

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