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    Universidade da Flórida é palco de protesto contra líder racista

    DE SÃO PAULO

    19/10/2017 21h43

    Brian Blanco/Getty Images/AFP
    Protesto contra discurso do líder de grupo racista Richard Spencer em Gainesville (Flórida)
    Protesto contra discurso do líder de grupo racista Richard Spencer em Gainesville (Flórida)

    Com cantos de "Nazistas, vão para casa", manifestantes protestaram nesta quinta-feira (19) contra o discurso do líder de um grupo racista na Universidade da Flórida, enquanto o campus levantava barricadas e empregava centenas de policiais para evitar distúrbios.

    O evento de Richard Spencer, 39, em Gainesville, que levou o governador da Flórida a declarar estado de emergência diante do risco de violência, aconteceu dois meses depois que marchas de neonazistas e racistas em Charlottesville, na Virgínia, acabaram em confrontos e na morte de uma pessoa.

    A violência em 12 de agosto alimentou um debate nacional, e o presidente Donald Trump foi criticado por colocar culpa nos dois lados pelos distúrbios.

    Na quinta, centenas de manifestantes marcharam do lado de fora do Phillips Center antes do discurso de Spencer, que lidera o National Policy Institute, um "think tank" nacionalista.

    Em meio à forte presença policial, os manifestantes cantavam "levante-se e lute" e "vá para casa, Spencer". Um avião sobrevoou a área com uma faixa que dizia "O amor conquista o ódio! O amor irá prevalecer!".

    Segundo o escritório do xerife do Condado de Alachua, um homem contratado como segurança para a imprensa foi detido por levar uma arma de fogo para o campus.

    Também estava proibido carregar objetos como escudos, guarda-chuva, garrafa de água e mochilas.

    CUSTOS

    Dentro do local do evento, Spencer e os manifestantes gritam um contra os outros.

    "Não vou para casa", disse Spencer. "Somos mais fortes do que vocês e vocês todos sabem disso."

    A Universidade da Flórida disse que não convidou Spencer para falar, mas que era obrigada por lei a permitir o evento. A escola disse que gastaria mais de US$ 500 mil (R$ 1,58 milhão) em segurança, e que o National Policy Institute pagou mais de US$ 10 mil (R$ 31,7 mil) em aluguel e segurança.

    As aulas foram mantidas, exceto aquelas nas proximidades do local do evento. Mas muitos estudantes preferiram faltar, disse Wes Li, 20, estudante de filosofia. "É muito tenso e perturbador", disse.

    Defensor de Trump nas eleições, Spencer ficou famoso após a circulação de vídeos que mostravam-no recebendo a saudação nazista em comemoração da vitória do então presidente recém-eleito, em Washington. Trump depois condenou o evento.

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