Brendan Smialowski - 28.out.2017/AFP | ||
Momento em que Juli Briskman mostra o dedo do meio à carreata de Trump |
-
-
Mundo
Thursday, 02-May-2024 20:54:57 -03Ciclista que mostrou dedo do meio a Trump perde o emprego
CHRISTINE HAUSER
DO "NEW YORK TIMES"07/11/2017 17h04
Uma ciclista do Estado da Virgínia (EUA) que mostrou o dedo do meio à carreata do presidente Donald Trump foi demitida por causa do gesto.
A mulher, Juli Briskman, 50, estava andando de bicicleta na cidade de Sterling, Virgínia, perto de Washington, no dia 28 de outubro quando passou a seu lado a carreata do presidente, que estava saindo do campo de golfe com seu nome na mesma cidade. Enquanto os carros passavam, ela pensou em passar no meio deles e sair do local.
Em vez disso, ela fez o gesto que foi capturado por câmeras de jornalistas e compartilhado nas mídias sociais.
"Honestamente, eu fiquei muito brava", disse ela, que se disse crítica de decisões do presidente nas áreas de saúde e imigração. Mais cedo, ela tinha ouvido notícias dando conta de que Trump estava jogando golfe na região. "Eu ergui o braço e comecei a mostrar o dedo do meio. Pensei, 'você está jogando golfe de novo quando há tantas coisas acontecendo'."
Ela ficou mostrando o dedo até a carreata terminar de passar e depois repetiu o gesto quando os carros pararam e ela passou novamente por eles.
As imagens de Briskman foram distribuídas por agências de notícias e se espalharam online, sendo abraçadas por críticos de Trump.
Briskman diz que ficou sabendo da foto no dia seguinte, quando um grupo anti-Trump no Facebook postou a fotografia e perguntou se alguém sabia quem era. Briskman respondeu nos comentários que era ela.
No dia seguinte, ela colocou a imagem em suas páginas no Facebook e no Twitter. Nenhuma das duas contas a identificava como funcionária da empresa Akima, que gerencia contratos com o governo, na qual ela trabalhava como analista de marketing. Mesmo assim, Briskman achou que seria uma boa ideia mencionar o fato ao departamento de Recursos Humanos da empresa.
"Eu fui lá e falei: 'Sabem da mulher da bicicleta?'", contou ela. Em 31 de outubro, ela foi chamada para uma reunião com o funcionário do RH e dois outros executivos, na qual foi informada de que a empresa a dispensaria.
Briskman diz que lhe foi dito que a imagem não estava de acordo com a política de mídias sociais da empresa sobre "conteúdo obsceno" e que ela não estava seguindo o código de conduta da companhia, que temia que o fato pudesse atrapalhar os negócios.
A empresa não quis comentar o assunto. Em seu site, a Akima diz que "espera que seus funcionários e diretores usem seu julgamento e mantenham altos padrões éticos em todas as atividades que afetem a Akima".
Briskman diz que pediu demissão, com ressalvas. "Fiquei surpresa. Eu não vejo o que fiz como mais obsceno do que tanta coisa que você vê por aí."
Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br
Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.brPublicidade -