• Mundo

    Sunday, 28-Apr-2024 15:02:41 -03

    Ao menos 5 morrem em protesto da oposição no Quênia

    DE SÃO PAULO

    17/11/2017 16h17

    Yasuyoshi Chiba/AFP
    Simpatizantes de Raila Odinga acompanham seu comboio pelas ruas de Nairóbi, no Quênia
    Simpatizantes de Raila Odinga acompanham seu comboio pelas ruas de Nairóbi, no Quênia

    Ao menos cinco pessoas foram mortas nesta sexta-feira (17) em Nairóbi, capital do Quênia, durante uma manifestação da oposição que havia sido proibida pelas autoridades e foi reprimida pela polícia.

    Milhares de pessoas foram às ruas acompanhar o líder da oposição, Raila Odinga, que voltava de uma viagem aos EUA, do aeroporto ao centro de Nairóbi.

    A polícia lançou gás lacrimogêneo ao comboio no qual Odinga viajava e usou jatos de água para impedir que chegasse ao distrito comercial.

    Alguns manifestantes jogaram pedras contra a polícia. Dois veículos, entre eles uma camionete da polícia, foram incendiados.

    Fotógrafos dizem terem visto corpos com marcas de bala; a polícia afirma, no entanto, que as vítimas foram mortas por multidões que os flagraram roubando e negou ter usado força excessiva contra os manifestantes.

    "Esses incidentes ocorreram antes que a polícia chegasse", afirmou em nota.

    AP
    Manifestantes jogam pedras contra a polícia em Nairóbi (Quênia)
    Manifestantes jogam pedras contra a polícia em Nairóbi (Quênia)

    Odinga culpou o presidente Uhuru Kenyatta pela violência.

    "Minha raiva é contra aquela cara chamado Uhuru Kenyatta. Fui ao exterior... depois que vocês me deram as boas-vindas, ele enviou policias para jogar gás lacrimogêneo contra vocês, para espancar vocês, para disparar tiros contra vocês", afirmou, após dirigir até local seguro.

    Odinga pediu por um "movimento de resistência nacional" contra o resultado das eleições presidenciais do mês passado, que deram a Kenyatta um segundo mandato de cinco anos com 98% dos votos após Odinga boicotar a disputa. Apenas 39% dos eleitores participaram da votação.

    Uma segunda votação foi ordenada pela Suprema Corte após os resultados da primeira votação, em agosto, ter sido anulada por irregularidades. Kenyatta venceu a primeira.

    A corte decidirá na segunda-feira se irá anular a segunda votação.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024