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    Âncora do '60 Minutes' é demitido após denúncias de assédio sexual

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    21/11/2017 16h07

    Richard Shotwell - 12.jan.2016/Invision/Associated Press
    Âncora do "60 Minutes", um dos principais telejornais dos EUA, Charlie Rose foi acusado de assédio sexual
    Âncora do "60 Minutes", um dos principais jornalísticos dos EUA, Charlie Rose foi acusado de assédio

    A emissora CBS demitiu nesta terça-feira (21) Charlie Rose, um dos principais âncoras da TV americana, após denúncias de assédio sexual. Rose, 75, já havia sido suspenso pela própria CBS e pela PBS.

    Rose foi denunciado por colegas e ex-estagiárias numa reportagem do "The Washington Post", publicada na tarde desta segunda-feira (20).

    Em 5 dos 8 casos relatados, o jornalista teria apalpado as pernas das mulheres, algumas vezes na parte superior da coxa. Outras duas afirmaram que foram surpreendidas com Rose nu diante delas, enquanto estavam em viagem ou a trabalho em sua residência. Uma delas diz que ele fazia ligações para relatar fantasias, como a de vê-la nadando nua numa piscina.

    "Precisei de dez anos e de um intenso movimento de reavaliação cultural para que eu entendesse o que esses momentos significaram", disse ao "Washington Post" Reah Bravo, que foi estagiária de Rose em 2007. "Ele era um predador sexual, e eu fui sua vítima."

    O jornalista é apresentador de um jornal matutino na CBS e também de um programa de entrevistas que leva o seu nome, além de colaborar com o prestigiado "60 Minutes".

    "A CBS News reportou revelações extraordinárias em outras empresas de mídia este ano e no ano passado", disse o presidente da CBS News, David Rhodes. "Nossa credibilidade nessa cobertura exige credibilidade gerenciando padrões básicos de comportamento. É por isso que tomamos essas ações."

    Colegas de Rose no matutino "CBS This Morning", Gayle King e Norah O'Donnell foram bastante críticos ao companheiro de bancada. King disse que as alegações de assédio não combinavam com o Rose que ela conheceu, mas declarou que "eu estou claramente do lado das mulheres que foram muito machucadas e prejudicadas por isso".

    As denúncias engrossam uma avalanche de casos de assédio sexual relatados recentemente, que já atingiu políticos, o produtor de Hollywood Harvey Weinstein, âncoras e comentaristas da NBC e NPR (National Public Radio) e o ator Kevin Spacey (o Frank Underwood da série "House of Cards"), entre outros, e se espalhou entre a sociedade americana por meio da hashtag #MeToo —"Eu também".

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