A Argentina intensificou neste sábado (25) as buscas submarinas pelo ARA San Juan, com sete navios de nacionalidades estrangeiras mapeando o fundo do mar tridimensionalmente e a chegada de reforços à operação.

"É uma fase de esperança e de desesperança", afirmou o porta-voz da Marinha argentina, Enrique Balbi. "Recebemos um informe de que houve uma explosão e estamos na tarefa de tentar localizar o submarino com seus 44 tripulantes."

EUA e Rússia estão coordenando a atual fase das operações em Comodoro Rivadavia (sul), que prevê o envio de um minisubmarino de resgate americano nesta noite, a bordo do navio Sophie Siem, e equipamentos russos de inspeção visual, a bordo da corveta Rosales.

O minisubmarino americano tem alcance de até 610 metros de profundidade; já os russos alcançam os 1.000 metros, mas não têm função de resgate.

Um segundo navio russo, Yantal, com novos equipamentos deve chegar à região neste fim de semana. Segundo Balbi, a ajuda russa foi ofertada pelo presidente Vladimir Putin ao presidente Mauricio Macri.

A zona de buscas foi delimitada a partir dos dados da última localização conhecida do San Juan e do ponto onde se crê que ocorreu uma "anomalia subaquática", ou explosão, no mesmo dia do desaparecimento da embarcação.

A varredura ocorre em profundidades que variam entre 200 metros e 1.000 metros, informou Balbi.

Questionado por jornalistas, negou a possibilidade de que a explosão tenha sido fruto de algum ataque. "Não temos indício de que seja um ataque externo. O submarino não tinha torpedos de combate, a explosão não foi por armamento próprio e não temos indícios de um ataque externo", afirmou.

	Luciano Veronezi/Editoria de Arte/Folhapress