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    Evo Morales se reúne com Temer em busca de novo acordo do gás natural

    DE SÃO PAULO
    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    05/12/2017 02h00

    O presidente da Bolívia, Evo Morales, visita nesta terça-feira (4) o colega Michel Temer em busca da renovação do acordo de compra de gás natural com o Brasil, apesar das diferenças políticas entre os dois líderes.

    Embora considere um golpe o impeachment de Dilma Rousseff, que levou Temer ao Planalto, Morales manteve contato por questões comerciais —o Brasil é o principal destino das exportações bolivianas, 19% do total.

    Pedro Ladeira/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 05-12-2017, 12h00: O presidente Michel Temer recebe o presidente da Bolívia Evo Morales em visita oficial no Palácio do Planalto. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    O presidente Michel Temer recebe o presidente da Bolívia, Evo Morales, em visita oficial no Palácio do Planalto

    Desse total, 95% é de gás natural. As importações brasileiras, porém, sofreram queda de 13% entre 2015 e 2016 e seguem em baixa no acumulado de janeiro a outubro de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado.

    A diminuição das compras brasileiras de gás afetou a economia boliviana, embora não tenha impedido o país de crescer. A intenção de La Paz é antecipar o acordo atual, que vence em 2019, para conseguir preços melhores.

    Outros dois temas a serem discutidos no encontro devem ser a venda de energia elétrica ao Brasil e a construção da Ferrovia Interoceânica, projeto de 3.500 km entre os portos de Santos e Ilo, no Peru, passando pela Bolívia.

    A visita havia sido acertada em 6 de outubro, em reunião dos chanceleres Aloysio Nunes Ferreira e Fernando Huanacuni, mas foi adiada duas vezes devido a problemas de saúde de Temer.

    A previsão é que os dois presidentes se reúnam às 11h e, na sequência, o boliviano almoce no Itamaraty. O governo do país andino, porém, não informou se ele irá a outro evento no Brasil.

    Morales vem ao Brasil em meio à crise política provocada pela decisão do Tribunal Constitucional Plurinacional (a Suprema Corte boliviana) que o autorizou a disputar um quarto mandato de presidente em 2019.

    A sentença contrariou o resultado do referendo de fevereiro de 2016, em que 51% dos eleitores votaram por proibir a nova reeleição, foi repudiada pela oposição e provocou manifestações.

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