Israel lançou novos ataques aéreos contra a faixa de Gaza neste sábado (9), em resposta a um foguete lançado pela facção islâmica radical Hamas, e disse que dois de seus combatentes foram mortos durante os bombardeios.

Militantes dispararam pelo menos três foguetes contra cidades israelenses da faixa controlada pelo Hamas nesta sexta (8), que foi declarado "dia de fúria" por facções palestinas em protesto contra o reconhecimento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de Jerusalém como capital de Israel.

"Uma aeronave IAF (Força Aérea Israelense) visou quatro instalações da organização terrorista do Hamas na Faixa de Gaza: dois locais de fabricação de armas, um armazém de armas, um complexo militar", informaram militares israelenses em comunicado.

Uma fonte do Hamas confirmou que os dois homens mortos nos ataques pertenciam ao grupo e encorajou os palestinos a manter o confronto com as forças israelenses.

Outros dois palestinos foram mortos em confrontos com tropas israelenses na fronteira da Faixa de Gaza na sexta-feira e mais de 80 foram feridos no território e na Cisjordânia durante os protestos.

Em todo o mundo árabe e muçulmano, milhares de manifestantes tomaram as ruas no dia sagrado dos muçulmanos para expressar solidariedade aos palestinos e indignação na reversão da política americana de décadas por Trump.

VISITA CANCELADA

Mahmud Abbas não receberá o vice-presidente americano Mike Pence, anunciou neste sábado um assessor do presidente palestino, depois da decisão do governo dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

"Não vai acontecer um encontro com o vice-presidente americano na Palestina", informou Majdi al-Jalidi, conselheiro diplomático de Abbas. "Com esta decisão sobre Jerusalém, o governo dos Estados Unidos ultrapassou todas as linhas vermelhas."

Outra autoridade que também cancelou encontro que teria com Pence foi o patriarca da Igreja Copta Ortodoxa, Teodoro 2º.

O encontro estava previsto para dezembro, no Cairo, mas foi cancelado em protesto contra a decisão de Washington de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, anunciou neste sábado a Igreja.