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    Vítimas de assédio sexual devem ser ouvidas, diz embaixadora americana

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    10/12/2017 13h52 - Atualizado às 19h37

    Brendan McDermid/Reuters
    United States ambassador to the United Nations Nikki Haley addresses the U.N. Security Council meeting on the situation in the Middle East, including the Palestine, at the United Nations Headquarters in New York, U.S., December 8, 2017. REUTERS/Brendan McDermid ORG XMIT: NYK512
    A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley

    A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, a republicana Nikki Haley, disse neste domingo (10) que qualquer mulher que se sentiu violada ou assediada por um homem tem o direito de falar, mesmo que o acusado seja o presidente Donald Trump.

    "Eu sei que ele [Trump] foi eleito, mas as mulheres sempre devem se sentir à vontade para denunciar. E nós sempre devemos estar prontos para ouvir", disse ela no programa "Face The Nation", da rede de TV americana CBS.

    "Eu creio que todas as mulheres que já se sentiram violadas ou maltratadas de alguma maneira tem todo o direito de denunciar", disse ela.

    No ano passado, Trump foi acusado por diversas mulheres de assédio sexual.

    Durante a campanha presidencial, foi divulgado ainda um segmento do programa de TV "Access Holywood" gravado em 2005 no qual Trump diz que beijava e apalpava mulheres sem o consentimento delas. A Casa Branca diz que todas as acusações são mentirosas.

    Além do presidente, as denúncias de assédio sexual atingiram outras figuras importantes da política americana. Só neste mês, três congressistas anunciaram que vão deixar seus cargos após serem acusados de conduta sexual imprópria: os deputados John Conyers Jr. (democrata de Michigan) e Trent Farks (republicano do Arizona) e o senador democrata por Minnesota Al Franken.

    Além deles, o candidato republicano ao senado por Alabama, Roy Moore, foi acusado de ter abusado de menores nos anos 1970. Apesar de ter recebido o apoio de Trump, as pesquisas mostram que Moore pode perder a disputa em um Estado predominantemente republicano.

    Para Haley, essas denúncias são positivas, pois trazem mais atenção para o assunto.

    "Mulheres que acusam qualquer um devem ser ouvidos. [As acusações] devem ser ouvidas e resolvidas e acho que ouvimos elas antes das eleições", afirmou a embaixadora, que antes de ser indicada por Trump ao cargo governou a Carolina do Sul.

    A atual onda de denúncias começou em outubro, quando o jornal "The New York Times" revelou uma série de casos envolvendo o produtor de cinema Harvey Weinstein.

    Na sequência, milhares de mulheres começaram a denunciar seus agressores nas redes sociais na campanha "Me Too" (eu também). Além dos políticos, as acusações atingiram também celebridades, artistas e jornalistas.

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