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    Premiê israelense diz que não vai 'ouvir sermão' turco sobre Jerusalém

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    10/12/2017 15h00 - Atualizado às 15h35

    O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou neste domingo (10) que não ouvirá sermões do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, após ter sido criticado pelo líder turco durante o final de semana.

    "O Senhor Erdogan atacou Israel. Não estou acostumado a receber sermões sobre moralidade de um líder que lança bombas em vilarejos curdos na Turquia, que aprisiona jornalistas, auxilia o Irã a se desvencilhar de sanções internacionais e que ajuda terroristas, incluindo em Gaza, a matar pessoas inocentes", declarou Netanyahu durante uma coletiva de imprensa ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron.

    Mais cedo, Erdogan afirmou que decisões tomadas durante a próxima reunião da Organização de Cooperação Islâmica (OIC, na sigla em inglês) mostrarão que o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pelos Estados Unidos não será fácil de implementar.

    Um porta-voz de Erdogan anunciou na quarta-feira que a OIC fará uma reunião urgente na Turquia em 13 de dezembro para coordenar uma resposta à decisão dos EUA.

    A OIC, criada em 1969, consiste em 57 Estados-membro com maioria muçulmana ou uma grande população muçulmana. "Nós explicamos a nossos interlocutores que a decisão dos Estados Unidos não segue as leis, diplomacia ou humanidade internacionais", disse Erdogan.

    "Com a rota que criaremos durante a reunião da OIC, mostraremos que a decisão são será facilmente implementada", disse ele, acrescentando que a Turquia considera nulo o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre Jerusalém.

    Na última quarta (6), o presidente americano, Donald Trump, anunciou que os EUA passariam a reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, revertendo quase sete décadas de política externa americana. Ele determinou ainda o início dos preparativos para a transferência da embaixada americana de Tel Aviv para a cidade.

    A decisão gerou protestos palestinos. O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou, em resposta, que Jerusalém é a "eterna capital do Estado da Palestina".

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