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    Marinha argentina suspende 2 em meio a investigações sobre San Juan

    DE SÃO PAULO

    12/12/2017 19h43

    A quase um mês do desaparecimento do ARA San Juan, o chefe da Marinha argentina, Marcelo Srur, suspendeu de suas funções nesta terça-feira (12) dois comandantes da força, enquanto avança uma investigação interna sobre o submarino.

    Um dos suspensos foi o comandante de Adestramento e Alistamento, Luis López Mazzeo, baseado em Puerto Belgrano, informou o ministro da Defesa, Oscar Aguad, ao jornal "La Nación".

    O outro foi o chefe da Base da Marinha de Mar del Plata, Gabriel González, que havia pedido a antecipação de sua aposentadoria após o desaparecimento do submarino.

    Não está claro se o comandante da Força de Submarinos, Claudio Villamide, também foi suspenso.

    Uma fonte da Marinha afirmou à TV Todo Noticias que as suspensões ocorreram "para garantir a transparência da investigação do desaparecimento".

    O canal informou ainda que as autoridades estão debatendo "a portas fechadas" até quando levar adiante a busca pela embarcação.

    No último dia 30, a busca por sobreviventes já havia sido encerrada.

    O San Juan ia de Ushuaia para Mar del Plata com 44 tripulantes quando perdeu comunicação com o controle em 15 de novembro. Mensagensreveladas posteriormente mostraram que uma entrada de água no tanque de baterias havia provocado um curto circuito com princípio de fogo.

    Além da avaria interna, revelou-se a ocorrência de um "evento anômalo, singular, curto, violento e não nuclear, consistente com uma explosão em um ponto próximo a onde a nave desapareceu.

    A suspensão de Mazzeo "por falta de disciplina" provocou reações entre seus subordinados, que pediram aposentadoria – segundo o "Clarín", seriam três oficiais de alta patente.

    A tensão dentro da Marinha acabou fazendo com que não se realizasse nesta terça a tradicional coletiva do porta-voz Enrique Balbi – a primeira vez que isso ocorre desde que o submarino sumiu.

    A investigação interna se detém sobre a demora em informar o presidente argentino, Mauricio Macri, e o ministro Aguad sobre a perda de comunicação. É investigado ainda desde quando a Marinha tinha informação sobre a explosão na região onde estava o San Juan.

    Outro ponto é por que o Executivo não foi informado sobre as falhas apontadas pelo comandante antes do sumiço.

    BUSCAS

    Dois objetos no fundo do mar que poderiam ser o submarino San Juan acabaram sendo pistas falsas, informou a Marinha nesta terça.

    O primeiro corpo sólido detectado pelos sonares era "uma pedra" a 650 metros de profundidade.

    No segundo contato correspondia a um barco afundado, a 139 metros.

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