• Mundo

    Monday, 06-May-2024 10:29:26 -03

    Por palestinos, Erdogan quer instalar embaixada em Jerusalém Oriental

    17/12/2017 23h30 - Atualizado às 00h26

    Ozan Kose/AFP
    Turkey's President Recep Tayyip Erdogan delivering a speech at a ceremony site on "July 15 Martyrs Bridge" (Bosphorus Bridge) in Istanbul on July 15, 2017. Turkey is marking one year since the defeat of the coup aimed at ousting President Recep Tayyip Erdogan with mass rallies seeking to showcase national unity in a divided society and his grip on power. The authorities have declared July 15, an annual national holiday of "democracy and unity", billing the foiling of the putsch as a historic victory of Turkish democracy. / AFP PHOTO / OZAN KOSE ORG XMIT: 2935
    O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em evento em Istambul

    O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou neste domingo (17), em um discurso para simpatizantes de seu partido, que seu país vai abrir uma embaixada em Jerusalém Oriental.

    "Com a permissão de Deus, o dia está próximo, e nós vamos abrir uma embaixada lá", afirmou Erdogan.

    O anúncio ocorre quatro dias depois de Erdogan liderar um encontro da Organização para a Cooperação Islâmica, no qual os 57 membros da entidade subscreveram um comunicado considerando como "nula e sem efeito legal a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel —e, por consequência, formalizar o plano de transferir para a cidade a embaixada americana em Israel, hoje estabelecida em Tel Aviv.

    Neste encontro de quarta-feira, o presidente turco também conclamou os demais líderes islâmicos a reconhecer Jerusalém Oriental como capital de um futuro Estado palestino. A intenção de instalar uma embaixada no local seria uma prova de reconhecimento desse apoio e também um ato de protesto à recente medida pró-Israel de Trump.

    "Proclamamos Jerusalém Oriental como capital do Estado da Palestina e convidamos todos os países a reconhecer o Estado da Palestina e Jerusalém Oriental como sua capital ocupada", diz o documento da OCI. Até aliados americanos, como a Arábia Saudita, mostraram discordância da decisão.

    Não está claro, porém, como a Turquia poderia instalar tal representação em Jerusalém Oriental, uma vez que Israel controla toda a cidade. A parte oriental, de maioria árabe, foi anexada pelos israelenses na Guerra dos Seis Dias, em 1967, uma medida não reconhecida pela comunidade internacional. Pelo plano de partilha da ONU para a região, lançado em 1947, Jerusalém deveria ficar sob administração internacional.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024