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    Um ano depois, Merkel admite erros em atentado em Berlim

    DA REUTERS

    19/12/2017 15h59

    Bernd von Jutrczenka/DPA/AFP
    A chanceler alemã, Angela Merkel, em memorial em homenagem a vítimas de atentado na Breitscheidplatz, em Berlim
    A chanceler alemã, Angela Merkel, em memorial em homenagem a vítimas de atentado na Breitscheidplatz, em Berlim

    A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta terça-feira (19) que a Alemanha deve aprender com as deficiências na área de segurança expostas pelo atentado ocorrido há um ano no mercado de Natal na Breitscheidplatz, em Berlim, e aumentar a ajuda aos sobreviventes e às famílias das vítimas.

    O tunisiano Anis Amri, cujo pedido de asilo havia sido rejeitado e que teria ligações com grupos islamitas, roubou um caminhão, matou seu motorista e jogou o veículo contra uma multidão no mercado, matando outras 11 pessoas e deixando dezenas feridas.

    Merkel falou no aniversário do ataque, durante a inauguração de um memorial na Breitscheidplatz, em meio a críticas dos familiares e de sobreviventes sobre o manejo da situação pelo governo alemão.

    "Hoje é um dia de luto mas também um dia de determinação para fazer melhor as coisas que não funcionaram [no passado]", disse Merkel.

    A chanceler se encontrou com vítimas e familiares dos mortos na sede do governo na segunda-feira (18).

    O memorial mostra os nomes das vitimas gravados nos degraus da Igreja Memorial Kaiser Wilhelm, próximo ao ataque.

    O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, disse que o apoio às vítimas veio tarde e foi insuficiente.

    "É uma amargura que o Estado não tenha protegido seus parentes", disse Steinmeier às famílias.

    O ministro da Justiça, Heiko Maas, afirmou que o governo não estava bem preparado para combater um ataque daquele tipo.

    "Apenas podemos nos desculpar pelas vítimas e pelos sobreviventes", afirmou Maas em um artigo publicano no jornal "Tagesspiegel".

    O governo alemão concordou em aumentar a compensação paga às famílias depois de reclamações de que os 10 mil euros (cerca de R$ 39 mil) oferecidos eram insuficientes.

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