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    Trump ameaça cortar ajuda de quem votar contra EUA sobre Jerusalém

    DE SÃO PAULO

    20/12/2017 11h32

    Stephanie Keith - 07.abr.2017/Reuters
    Embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley
    Embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quarta-feira (20) cortar a ajuda financeira a países que votarem a favor de uma resolução condenando o reconhecimento por Washington de Jerusalém como a capital de Israel, na ONU.

    "Tomaremos nota dessa votação", declarou Trump, denunciando "todos esses países que pegam nosso dinheiro e depois votam contra nós no Conselho de Segurança e na Assembleia das Nações Unidas".

    "Deixe que votem contra nós. Vamos economizar um bocado. Não nos importa", acrescentou a repórteres na Casa Branca.

    Antes, a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley,havia alertado que iria "anotar os nomes" da sessão emergencial da Assembleia Geral das Nações Unidas desta quinta-feira (21) que vai votar uma resolução não vinculante criticando a decisão sobre Jerusalém.

    "Sempre nos pedem para fazer mais e dar mais", disse Haley num post no Twitter. "Então, quando tomamos uma decisão, sob a vontade do povo americano, sobre onde localizar NOSSA embaixada, não esperamos que aqueles a quem ajudamos agora nos ataquem."

    Haley acrescentou que a votação iminente "critica nossa escolha" e que "os EUA vão anotar nomes".

    Sessões emergenciais da Assembleia Geral são raras. Esta foi marcada a pedido da Autoridade Nacional Palestina após a votação de uma resolução pelo Conselho de Segurança terminou com 14 votos a favor e o veto dos EUA.

    A resolução, redigida pelo Egito, não citava especificamente os EUA ou Trump, mas expressava "profundo desgosto por recentes decisões sobre o status de Jerusalém".

    Foi o primeiro veto dos EUA em mais de seis anos, segundo Haley, que qualificou a situação de um "insulto" que "não será esquecido".

    Miroslav Lajcak, presidente da Assembleia Geral da ONU, não quis comentar a fala de Trump, mas disse que "está no direito e na responsabilidade dos Estados membros expressar suas opiniões".

    Um porta-voz do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, também não quis comentar.

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