O presidente russo Vladimir Putin disse nesta quinta-feira (28) que a explosão de uma bomba em um mercado de São Petersburgo na quarta (27) foi um ato terrorista.

Ele disse ainda que os agentes de segurança estão autorizados a atirar para matar caso considerem que um suspeito de terrorismo ameaça vidas.

"Vocês sabem que ontem aconteceu um ato terrorista em São Petersburgo", disse ele durante discurso em Moscou para soldados russos que atuaram no conflito na Síria.

Pelo menos 13 pessoas ficaram feridos na explosão.

Foi a primeira declaração oficial reconhecendo o caso como um ataque terrorista.

A polícia não comentou a declaração de Putin, mas abriu uma investigação criminal sobre o caso e informou que a explosão foi causada por uma bomba caseira que continha pedaços de metal.

A imprensa local afirmou que a bomba estava escondida em um armário no qual os clientes deixam seus pertences.

Para Putin, o ataque mostra que os agentes de segurança não devem arriscar a vida ao lidar com terroristas.

O russo disse que pediu ao diretor da FSB [a agência de inteligência do país] para que todos atuem "dentro da lei", mas que em casos em que haja risco contra a vida dos próprios agentes, eles estão liberados para "agir decisivamente, não fazer prisioneiros e liquidar os bandidos no local."

Em seu discurso, Putin disse ainda que a FSB impediu recentemente um outro ataque terrorista na catedral de São Petersburgo após receber informações do governo americano sobre o ato.