A coluna (Belo Monte de atraso), traz acusações inverídicas, sem que a empresa tenha sido procurada para responder. A Norte Energia reafirma que cumpre todas as condicionantes do Projeto Básico Ambiental (PBA) e Projeto Básico Ambiental de Componente Indígena (PBA- CI) exigidos para a construção e operação da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Os investimentos realizados nas obras das condicionantes alcançam R$ 3,092 bilhões. A empresa ressalta que estas são fiscalizadas e monitoradas pelos órgãos licenciadores, legalmente constituídos e competentes.

Aliás, é o próprio conteúdo do artigo que comprova essa atuação da Norte Energia: constata, por exemplo, que em Altamira "havia zero rede de saneamento de esgotos" mas que "agora há 220 km de tubulações para os dejetos, 170 km adicionais para distribuição de água e uma estação de tratamento de efluentes", dentre muitas outras ações. O fato de não haver sido feita a ligação das casas ao sistema, uma responsabilidade do poder público, também isso foi resolvido: a empresa realizará o serviço, numa parceria com a Prefeitura Municipal de Altamira.

Quanto a "atraso", uma simples checagem no cronograma de Belo Monte deixa claro que apenas um dos dois sítios, o de Pimental, teve seu início prorrogado de fevereiro para novembro deste ano –mas ele responde por apenas 3% dos 11.233,1 MW de capacidade instalada. Já o início de produção do sítio que significativamente fornecerá 97% desse montante, o de Belo Monte, segue rigorosamente seu cronograma e iniciará a geração no prazo estabelecido, março de 2016.

A respeito, finalmente, do suposto envolvimento na operação Lava Jato, o que se tem são ilações que há mais de seis meses vêm sendo difundidas na imprensa em tentativa de desgastar o empreendimento Usina Hidrelétrica Belo Monte. As contas da Norte Energia S.A. são auditadas e estão todas aprovadas e publicadas. Tanto que outro jornal, O Globo, informou, na semana passada, abre aspas: "[o juiz Sérgio] Moro afirmou que os depoimentos de Avancini foram vagos, 'sem discriminar possíveis beneficiários das propinas ou de operadores, além daqueles que já figuram na investigação'. Ao falar de obras dissociadas da Petrobras, como as da hidrelétrica de Belo Monte e a Usina Angra III, segundo o juiz, o executivo não indicou beneficiários ou meios de prova, 'parecendo ser de questionável utilidade para a Justiça criminal."

	Lalo de Almeida/Folhapress
	Operário trabalha na construção da barragem do sítio Pimental da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu

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