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    Sem delações, escândalo da Petrobras estaria na estaca zero, diz leitor

    01/07/2015 02h00

    Dilma declarou que não confia em delatores, para desmentir as declarações de Ricardo Pessoa (Dilma diz que não respeita delator e rejeita acusações), segundo as quais as campanhas dela e de Lula receberam doações irregulares. Confesso que também não confio em delatores até provarem a consistência do que dizem. Mas os delatores sabem que sua eventual pena sofrerá acréscimo se mentirem. O mais sensato é aguardar a conclusão das investigações para o esclarecimento da verdade, evitando prejulgamentos.


    JOSÉ AMORA MOREIRA (Uberaba, MG)

    Zanone Fraissat - 14.nov.2014/Folhapress
    O presidente da UTC, Ricardo Pessoa
    O presidente da UTC, Ricardo Pessoa

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    Equivoca-se a presidente ao equiparar a delação na época da ditadura com a instituição jurídica da delação premiada, visto que aquela era obtida por meio de coação e tortura e esta é obtida sob as garantias constitucionais da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal.


    JOÃO ANTONIO MARCHI (São Paulo, SP)

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    Alguém deveria explicar a Dilma que o delator nada mais é que um criminoso preso que resolveu confessar seus crimes para obter alguma diminuição na pena e desarticular o resto da quadrilha. Não há motivo algum para que um delator seja respeitado, como também não se respeitam os criminosos. Se não houvesse o recurso da delação premiada, o escândalo da Petrobras estaria na estaca zero e tudo continuaria às mil maravilhas para os criminosos.


    MÁRIO BARILÁ FILHO (São Paulo, SP)

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    Tornar as denúncias públicas antes de concluídos os levantamentos, por mais democrático que seja, causa danos aos envolvidos, ao processo e à própria sociedade. Se o acusado realmente tiver praticado os delitos, ao saber-se alvo de denúncia, poderá destruir provas. Se a acusação for mentirosa, ele sofrerá um prejuízo irreparável em sua imagem, que não se recuperará nem que seja provada a inveracidade. Como são ministros, parlamentares e outras figuras de destaque, o simples ato de terem que "administrar" a situação os afasta de suas funções. Os vazadores têm de ser punidos para não pôr a perder o trabalho de combate à corrupção.


    DIRCEU CARDOSO GONÇALVES, dirigente da Associação de Assistência Social da PM-SP (São Paulo, SP)

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