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    'A lama não é de Minas Gerais, mas da Vale', diz leitora

    DE SÃO PAULO

    23/11/2015 02h00

    Em seu "hilariante" comentário sobre o fracasso na mineração e na lojinha de R$ 1,99 nossa presidente, o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) se esqueceu de mencionar que, nos últimos e muitos anos, Minas Gerais foi governada pelo seu partido e nada foi feito para minimizar ou prevenir as catástrofes pelas quais passa hoje.

    ANTONIO CARLOS ORSELLI (Araraquara, SP)

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    Poucas pessoas conhecem tão bem o vale do rio Doce quanto Sebastião Salgado e seu Instituto Terra. Talvez ainda menos pessoas saibam que certos projetos seus e do Instituto Terra contaram com o patrocínio da Vale (aquela empresa que desafortunadamente disse ser mera acionista da Samarco). Salgado teria agido melhor se tivesse deixado claro esse potencial conflito de interesses, especialmente quando forma posição oblíqua sobre multas "aleatórias" e destinação dos recursos financeiros.

    MARCELO DEL VIGNA, advogado (São Paulo, SP)

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    Sebastião Salgado nos emociona com seu texto. Esse cidadão notável e excelente fotógrafo, que já retratou inúmeras mazelas do ser humano em torno do planeta e, através do Instituto Terra, transformou áreas degradadas em floresta tropical, deveria ser nomeado "gerente-geral" da recuperação do rio Doce. Conforme sua proposta de criação de um fundo subsidiado pelos responsáveis pela tragédia, Sebastião Salgado certamente recuperaria as áreas devastadas pelo desastre e evitaria que os recursos do fundo fossem desviados pelos maus políticos.

    RALF ZIETEMANN, químico (Embu das Artes, SP)

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    Inspiradora e corajosa a atitude do vocalista do Pearl Jam ao pedir punição aos responsáveis pelo desastre em Mariana (MG) e ainda doar o cachê do show para auxiliar as vítimas dessa tragédia. Tomara essa atitude sirva pra despertar a classe artística brasileira da apatia e do acovardamento, uma vez que somente comparecem nas cidades para realizar shows e faturar às custas do povo pobre e nunca se posicionam frente às injustiças por receio de perder patrocínio ou benefícios da Lei Rouanet.

    DANIEL MARQUES, historiador (Virginópolis, MG)

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    Considero o título da reportagem "Lama de Minas deve atingir área de 9 km de mar no Espírito Santo" extremamente equivocado. A lama não é de Minas Gerais, mas da Vale. Nós, mineiros, é que fomos atingidos pelo crime ambiental cometido pela empresa. A chamada da Folha para uma tragédia dessa magnitude indica que esse vale de lama foi um acidente natural. Isso é uma violência simbólica contra os mineiros. Solicito a correção desse título: não foi Minas que despejou lama no oceano, mas as minas da Vale!

    LETÍCIA GUIMARÃES (Uberlândia, MG)

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