O sr. Eduardo Cunha diz que assiste pasmo às manifestações contra ele (Fizeram de mim o inimigo nº 1 das mulheres ). Nós também assistimos pasmos às manifestações dele em vários temas. Ele quis criar punições mais severas para quem fornecer substâncias abortivas e ainda tornar obrigatória a comprovação prévia de abuso sexual por meio de exames antes da realização de aborto em caso de gravidez resultante de estupro. Precisamos é de severa punição do estuprador.

ANA PAULA SUSANNA, advogada (Campinas, SP)

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	Pedro Ladeira/Folhapress
	O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

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Esclarecedor o texto do deputado. Sobre esse assunto, mudou minha opinião sobre ele.

NEIDE FLEURY MORAES (São Paulo, SP)

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Eduardo Cunha lamenta ter sido transformado no inimigo número um das mulheres. Independentemente do assunto em questão (aborto), o mesmo Cunha pede: "Responsabilizem-me pelas minhas iniciativas, mas jamais atribuam a mim aquilo que não fiz". Ora, já está provado que a mentira norteia a conduta esdrúxula de Cunha, algo que o Conselho de Ética irá comprovar. Alberto Goldman, na mesma seção do jornal, desafia: "Se sobrasse a Dilma e Cunha um mínimo de patriotismo e respeito pelo povo brasileiro, eles renunciariam" (Conclamação do PSDB ). Mas Cunha impede o impeachment. Sinta-se responsabilizado.

RALF ZIETEMANN (Embu das Artes, SP)

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Eduardo Cunha, ao afirmar "movimentos propagam mentiras contra minha imagem e perdem a legitimidade quando distorcem a verdade", reconheceu a forte correlação entre verdade e legitimidade. Penso que o princípio da autoridade se fortalece nessa correlação. Portanto o presidente da Câmara reúne todos os pré-requisitos do descrédito e jamais poderia ocupar um importante cargo da República. No entanto, uma classe política que usa da mentira para alcançar seus fins, a começar pela presidenta, tolera até o limite todas as formas de desrespeito à ética.

PAULO FERNANDO CAMPBELL FRANCO (Santos, SP)

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Só digo a Eduardo Cunha que são sempre os outros que fazem, falam e agem. Trata-se de um pobre inocente, vítima que professa candidamente a sua fé religiosa e, ainda por cima, passa pelo incômodo de ser perturbado pelos maldosos oposicionistas do Parlamento, do Ministério Público, da Polícia Federal e dos bancos suíços. Vem tentar se redimir após ter sido forçado a baixar a crista, depois de se encontrar num beco sem saída.

ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG)

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Admira-me a ousadia do sr. Eduardo Cunha ao opinar sobre o aborto. Uma questão tão delicada, que envolve discussões éticas, sociais e religiosas, não merece a avaliação de alguém que carece dos mínimos valores morais. De novo, sua manifestação insulta a inteligência do povo.

MATHEUS M. COSTA, advogado (Americana, SP)

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Realmente, desta vez, Cunha disse a verdade: ele não é o inimigo número um das mulheres, em hipótese alguma. Ele é, na verdade, o inimigo número um da verdade, da ética, do bom exemplo, da honestidade, das pessoas que já não suportam mais ler diariamente notícias sobre seu equilíbrio no fio da navalha, zombando de tudo e de todos e acima, muito acima, zombando do Brasil e do que resta de credibilidade nas instituições. Até quando teremos que conviver com essa ópera bufa que achincalha o nosso dia a dia? Até quando teremos que suportar seus aliados, cujos interesses são garantir as vantagens que tiram do cargo de deputado?

ABELARDO JUNQUEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

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