Até outro dia, o discurso da oposição, com o qual concordo, era o de que o país não aguenta mais o prolongamento da crise, de que era necessário celeridade na abertura do processo de impeachment. Agora, parece que a "urgência" sumiu. Querem protelar a decisão para o ano que vem. Cadê a coerência? A seriedade? A responsabilidade?
FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP)
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| Alan Marques/Folhapress | ||
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| A presidente Dilma Rousseff participa da 15ª Conferência Nacional de Saúde, em Brasília (DF) |
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A política infelizmente é feita na base de barganhas. Raros são os políticos livres ou independentes neste país. A sensatez, a dignidade e a honra são deixadas de lado nos anos de poder e influências. No duelo de quem será cassado –Dilma, Cunha ou ambos– a economia está travada, e a sociedade é penalizada.
ALEX TANNER, servidor público (Sumaré, SP)
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A coluna A coisa pública, de Ruy Castro, deveria ser lida por nossos governantes para conhecerem um pouco mais de d. Pedro 2º e verem como se deve comportar um estadista. D. Pedro 2º era preocupado com a educação e a cultura e respeitava o povo e a coisa pública. Ruy Castro lembra o fato de que ele recusou dinheiro do governo para viagem, além de chamar a atenção daqueles que fizeram a oferta. Atitude muito diferente da de nossos políticos.
JAIME FLORENCIO MARTINS, professor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ouro Preto, MG)
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Um conjunto de fatores deve levar à abertura do processo de impeachment de Dilma, embora os políticos sejam sobranceiros. O fato de não ter sido sincera na campanha eleitoral, economia em recessão, descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (pedaladas), credibilidade abalada, só para citar os principais, conduzem ao processo de impeachment, independentemente do fator Eduardo Cunha.
WANDER CORTEZZI (São José do Rio Preto, SP)
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A Folha está em franca decadência. Só isso explica dedicar espaço na nobre seção Tendências/ Debates, que já foi ocupada por grandes nomes da ciência e da política, ao inexpressivo Kim Kataguiri (Voz das ruas vai concretizar o impeachment ).
VANDERLEY PIMENTA (Indaiatuba, SP)
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Já tem feminista dizendo que Dilma está ameaçada de impeachment
também por ser mulher. Não custa lembrar que tanto Dilma no
Brasil como Cristina Kirchner na Argentina só chegaram ao poder por obra e graça dos seus homens, um marido lá e um padrinho aqui. Bem diferente de Margareth Thatcher na Inglaterra ou de Angela Merkel na Alemanha, mulheres respeitadas por conta própria. A questão não é, pois, de gênero, mas de meritocracia. E de personalidade. Uma triste combinação de mediocridade com arrogância pode azarar tanto a presidência de um homem, como Fernando Collor, como de uma mulher, Dilma Roussef.
CARLOS MORAES (São Paulo, SP)
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O discurso do Palácio do Planalto é que a tramitação do processo de impeachment seja acelerada para evitar a paralisação do país. Essa é uma meia verdade. O governo quer rapidez na tramitação por dois motivos: medo da mobilização das ruas, que poderá turbinar o movimento do impeachment e receio dos desdobramentos da Operação Lava Jato. Além da investigação estar cada vez mais próxima do Palácio do Planalto, há o temor que a delação premiada de Nestor Cerveró atinja a presidenta Dilma.
PAULO EDUARDO BAZANELLI GUIDO (São Paulo, SP)
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| Jean Galvão | ||
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| Charge - Publicada na sexta-feira, 4 de dezembro de 2015 |
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Parabéns ao Jean Galvão pela charge de 4/12. Com o seu humor fino e inteligente, fez uma crítica política precisa e roubou um sorriso do leitor. Lembra que o insaciável PMDB mediu muito bem as exigências para a manutenção da aliança com o PT. Nesse momento, vergonhosamente tumultuado de Brasília, a medida passa pela faixa presidencial em compasso, digo, em palmos de espera.
PAULO FERNANDO CAMPBELL FRANCO (Santos, SP)
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