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    Justificativa da Lava Jato para condução coercitiva de Lula não a torna legítima, dizem leitores

    07/03/2016 02h00

    O juiz Moro emitiu nota defendendo a regularidade da decisão de condução coercitiva de Lula (Ação não é antecipação de culpa, diz Moro ). Ora, tal tipo de "defesa" se faz nos autos do processo. Tecnicamente falando, é o que se denomina fundamentação, elemento imprescindível a qualquer decisão. A iniciativa de justificá-la em nota pública leva a duas incômodas conclusões: ou a decisão carece de fundamento, ou está insuficientemente fundamentada. Nos dois casos, se revela irremediavelmente sem legitimidade.


    RAUL MOREIRA PINTO (Passos, MG)

    Jorge Araújo/Folhapress
    Juiz federal Sérgio Moro participa de fórum sobre as tendências dos negócios na comunicação
    Juiz federal Sérgio Moro participa de fórum sobre as tendências dos negócios na comunicação

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    Consta que a operação Lava-Jato já conduziu coercitivamente 117 pessoas nos seus interrogatórios. Acham os procuradores um absurdo o ex-presidente se rebelar contra a medida já adotada contra outros 116 interrogados. Quer dizer que se a lei é ferida 116 vezes, não há mal nenhum em continuar-se a infringi-la?


    LUCIANO R. R. SOUZA (São Paulo, SP)

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    Um fato a ser observado é como a presidente Dilma foi eficaz em ir visitar Lula (Após semana 'infernal', Lula e Dilma selam reaproximação ), mas demorou tanto para ir se solidarizar com a população de Mariana, onde teve uma das maiores tragédias recentes do Brasil. Pelas prioridades da mandatária da nação, pode-se verificar que o conduzido pela Polícia Federal teve primazia. Parabéns Ferreira Gullar (Acima da lei ) pelo ótimo artigo.


    REINNER CARLOS DE OLIVEIRA (Araçatuba, SP)

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    Senhora presidente, dê o exemplo de austeridade. Utilize o Skype ou WhatsApp para prestar solidariedade a um companheiro, evitando o deslocamento de uma aeronave e sua tripulação. Afinal, é o povo brasileiro que custeia a máquina pública.


    JOSÉ PIPINIS FILHO (São Paulo, SP)

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    Há na fala do senhor Luiz Inácio (Lula 'se oferece' para disputar Presidência ) dois aspectos muito reveladores. O primeiro é a crítica às elites e simultaneamente a defesa das empreiteiras. As empreiteiras não são elite? Muitas delas já admitiram os crimes. Por que o senhor Luiz Inácio teria de mencioná-las nessa circunstância se ninguém lhe perguntou nada a respeito? O que será que ele espera delas ao tecer-lhes elogios? O segundo aspecto, extremamente revelador, é a sua autoidentificação simbólica com um animal sorrateiro, traiçoeiro e venenoso: a jararaca. O que será que ele quis dizer com isso?


    JORGE RAMÓN D'ACOSTA RIVERA (São Paulo, SP)

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    Lula assumiu o governo com as contas saneadas, inflação sob controle e a máquina pública suportável, a economia em crescimento e a conjuntura internacional favorável ao Brasil. Prometeu retornar a 25% a alíquota do Imposto de Renda e a CPMF até o final de 2003. O IR continua em 27,5% e a CPMF, a duras penas, só foi extinta em 2007. Lula esbanjou os recursos disponíveis, inflou a máquina pública com três dúzias de ministérios e hoje, longe da época das vacas gordas, os Três Poderes contaminados, sem condições de investir (embora a carga tributária beire a 40% do PIB), inviabilizou a Petrobras e, mantida sua diretriz econômica o Brasil foi rebaixado por três agências internacionais (Moody's, Fitch e Standard & Poor's), tido como mal pagador, e a corrupção endêmica devido à impunidade. O legado de Lula, atuando com Dilma, a quatro mãos, deu no que deu: o Brasil segue célere ladeira abaixo e Lula/Dilma querem se manter no poder.


    HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES (Vila Velha, ES)

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