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    Leitores debatem consequências do fim do Ministério da Cultura

    19/05/2016 02h00

    Jean-Paul Pelissier/Reuters
    Director Kleber Mendonca Filho (3rdR) and cast members Maeve Jinkings (4thL), Sonia Braga (C), Barbara Colen (L), producer Emilie Lesclaux (4thR) and team hold placards to protest against the impeachment of suspended Brazilian President Dilma Rousseff on the red carpet as they arrive for the screening of the film "Aquarius" in competition at the 69th Cannes Film Festival in Cannes, France, May 17, 2016. REUTERS/Jean-Paul Pelissier ORG XMIT: JPP4
    Equipe do filme brasileiro 'Aquarius' protesta contra impeachment no tapete vermelho de Cannes

    FIM DO MINC

    A "Primeira Página" da Folha (18/5) é o retrato do país. Em cima, atores bem vestidos, protestando em Cannes contra o afastamento da presidente. Abaixo, moradores de rua se abrigando em uma agência bancária. Quantos projetos financiados pelo Ministério da Cultura realmente contribuíram para a cultura do povo, e não apenas para a da classe média alta? A cultura tem que começar na escola pública, com aulas de música e teatro.

    CLERCY Y. S. SENNA (Valinhos, SP)

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    Excelente texto escrito por Bernardo Mello Franco. É preciso pensar na cultura como investimento. Os retornos econômicos e sociais não são desprezíveis. O Brasil é um país muito rico em cultura popular.

    FELIPE LUIZ GOMES E SILVA (São Paulo, SP)

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    Gostaria de saber de Bernardo Mello Franco que diferença faz o guichê da Lei Rouanet estar na pasta da Cultura ou na da Educação, se quem escolhe os projetos artísticos é a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, e o financiamento é feito por pessoas físicas e jurídicas, com abatimento de impostos.

    PAULO MARCOS LUSTOZA (Rio de Janeiro, RJ)

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    Se a Folha decide dar destaque na primeira página do jornal à manifestação de um pequeno grupo de artistas, deveria pelo menos fazer uma reportagem abrangente e significativa, perguntando a esses mesmos artistas quantas mortes poderiam ter sido evitadas, considerando a falta de recursos para os hospitais públicos, com a verba destinada a esse filme.

    VALÉRIA MANTOVANI AUGUSTO (São Paulo, SP)

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    Para um governo pragmático que prioriza um Estado mínimo, com privatizações e corte nas áreas sociais, não é surpresa que desprestigie o Ministério da Cultura, rebaixando-o a uma simples secretaria. Não interessa a eles que os intelectuais e artistas desenvolvam o senso crítico do povo e o façam pensar sobre a ilegitimidade deste mesmo governo. O que importa é o mercado financeiro e a alienação geral.

    PAULO SÉRGIO CORDEIRO SANTOS (Curitiba, PR)

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    DIPLOMACIA

    Têm razão as críticas ao tom adotado pelo ministro José Serra, haja vista que, ao se distanciar dos países latino-americanos, ofende a Constituição Federal, que, no seu artigo 4º, estabelece que a República deve visar à integração econômica, política, social e cultural com outros povos da América Latina. Isso não é bolivarianismo, é a nossa norma fundamental.

    JOÃO PEDRO DE LIMA (Belo Horizonte, MG)

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    É uma piada dizer que Serra não deveria ter respondido a alguns governos que, por serem "exemplos de democracias" (Bolívia, Cuba e Venezuela), acusam o Brasil de não ter sido democrático. Muito melhor do que responder a eles é fechar a torneira do Tesouro e do BNDES e deixar cantarem em outra freguesia.

    JOSÉ RUBIN (São Paulo, SP)

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    JOGOS DE AZAR

    Se o governo pretende legalizar os cassinos, bingos e jogo do bicho apenas para aumentar as receitas, por que não legalizar também as drogas e o contrabando? Isso, com certeza, iria multiplicar a receita rapidinho. Saímos de um governo incompetente para entrarmos em um governo inconsequente?

    RUBENS SAYEGH (São Paulo, SP)

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    Sem entrar no mérito dos males do vício no jogo, comparáveis aos das drogas, vai a sugestão para que, se quiserem legalizar, o façam como foi em Las Vegas. Escolham a menor delimitação do "Polígono da Seca" (lembram dele?), a parte mais árida do Nordeste brasileiro, e legalizem só lá dentro. Veremos surgir água, empregos, edifícios etc. Questão só de planejar e fiscalizar.

    PEDRO ORLANDO (Rio de Janeiro)

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    SUS

    Piada de mau gosto: um ministro financiado por planos de saúde atacar o SUS. Judicialização deletéria, se ele não sabe, é aquela que obriga o SUS a custear tratamentos caríssimos e duvidosos; acinte é os planos de saúde não reembolsarem o SUS por atendimentos a seus assegurados; o fim da picada é a fidalguia nacional ainda poder deduzir do Imposto de Renda os gastos com saúde.

    HOMERO SANTIAGO (São Paulo, SP)

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    Não se pensa em reduzir regalias dos três Poderes. Não se pensa em dar seguimento à proposta de taxação de grandes fortunas. Opta-se por seguir na contramão do mundo, caminhando para o Estado mínimo. O SUS oferece à população medicina de qualidade e fica pouco a dever ao primeiro mundo. É inadmissível roubar essas conquistas do povo brasileiro. Esse governo não me representa!

    GIOVANA DA COSTA CÉSAR, médica (Belo Horizonte, MG)

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    Nesta época em que se fala tanto de cortes e redução de gastos, acho oportuna uma reportagem sobre os gastos do governo com seus ministros, aqui abrangendo número de assessores, carros e moradias pagas. Será que isso cabe em um país que precisa cortar gastos?

    ANGELA MEDEIROS (Rio de Janeiro, RJ)

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    Hilária a afirmação do ministro da Saúde de que "quanto mais gente puder ter planos (de saúde) melhor", posto que usuários de planos, bem como os do SUS e afins são, hoje, mendigos de consultas e exames. Todos se igualam na via crucis que é o caos na saúde. A legislação não é observada, as ouvidorias são inúteis, a burocracia é aviltante. É o fim do fim.

    M. INÊS DE A. PRADO (São João da Boa Vista, SP)

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    PAPEL DA IMPRENSA

    Parabéns pela publicação do artigo "Apocalipse do jornalismo", que dá uma boa ideia do que é o jornalismo atual, principalmente aquele praticados pelas revistas semanais.

    SHIGUEYUKI YOSHIKUNI (Lins, SP)

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    O artigo "Apocalipse do jornalismo", de Mario Vitor Santos, somente comprova a tese de que, contra argumentos, não há fatos. Quem é obcecado por ideologia só consegue enxergar através de seu próprio prisma distorcido.

    ARMANDO FARHATE (São Paulo, SP)

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    MULHERES NO MINISTÉRIO

    Luiza Nagib Eluf expôs muito bem a necessidade de presença feminina no poder, não só por mérito mas também para sinalizar que os tempos são outros. Tempos esses em que um governo "não deve mais se arriscar a provocar insatisfação cidadã". No entanto, ou exagera ou deveria expor a origem de sua informação ao dizer que "o Brasil é campeão mundial de violência contra a mulher".

    GLAUCO FERNANDO FONTANELLI (Santos, SP)

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    Parabenizo Luiza Nagib Eluf por expôr a situação feminina neste governo vigente. É lamentável a diminuição de mulheres no poder. A dominação masculina se faz de forma ignorante, usando a violência —não é a toa que tantas brasileiras sofrem violência— ou, no caso político, de maneira um pouco mais sutil, já que não há indicações. Em ambos casos, mostramos nosso retrocesso patriarcal.

    VANESSA PIVATTO(Curitiba, PR)

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    CHUVA EM SP

    Enquanto Haddad se diverte pregando trote no Villa, as árvores da rua Cruz e Souza oferecem riscos aos pedestres e as minhas súplicas por poda continuam sendo irresponsavelmente ignoradas. Na São Paulo de Haddad, até as árvores matam.

    MÁRCIO CAMARGO DA SILVA (São Paulo, SP)

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