OPERAÇÃO LAVA JATO

Seria ingênuo acreditar que, com mais de 30 anos de vida pública, Temer nada soubesse a respeito do envolvimento de seus ministros na Operação Lava Jato. Certamente ele apostou no estancamento das investigações, fato que não ocorreu.

LUIZ FERNANDO PAULIN (Bragança Paulista, SP)

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O noticiário nacional aponta um ato da Operação Lava Jato envolvendo políticos e empresários a cada minuto. Nada acontece com os políticos da alta esfera envolvidos com propina. Enquanto isso, um dos maiores empresários do Brasil, Marcelo Odebrecht, vai completar um ano preso. Tudo leva a crer que haja peixes graúdos na sua delação, que nunca sai.

MARILTON MOREIRA DE CARVALHO (Feira de Santana, BA)

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A delação premiada de Sérgio Machado foi uma bomba atômica, que provocou devastação espetacular, e sua radiação continua fazendo vítimas. Entretanto está chegando a hora da delação de Eduardo Cunha, essa sim uma verdadeira bomba de hidrogênio.

HÉLIO DE LIMA CARVALHO (São Paulo, SP)

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Reinaldo Azevedo conseguiu a proeza de falar de Sérgio Machado sem citar PMDB e PSDB, mas deu um jeito de citar o PT. Também se esqueceu de dizer que as estatais já foram privatizadas — pelos políticos e em proveito próprio.

JOÃO EDUARDO NEUMANN (São Paulo, SP)

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No início do governo Dilma, quando não havia Lava Jato, ela demitiu ministros que a herança bendita do seu antecessor havia deixado. Por que, então, toda essa surpresa com três ministros abatidos no governo Temer?

MOACYR GERALDO GABRIELLI (São Paulo, SP)

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Até que o proseio de Temer na TV foi caprichado. Expressão grave e vocabulário compatível têm lá seus efeitos. Mas, como ele não discutiu o mérito da delação, a dúvida fica no ar. O governo interino parece estar acertando no atacado, com algumas medidas bastante razoáveis. No varejo, porém, Temer precisa projetar mais luz em seus relacionamentos pregressos, especialmente nessa pendenga com o explosivo companheiro peemedebista de longa data. Estar na presidência da República é a glória. Não se está livre, porém, de desconfortáveis "machadadas".

JOAQUIM QUINTINO FILHO (Pirassununga, SP)

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IMPEACHMENT

Embora tenha muita admiração por Rogério Cezar de Cerqueira Leite, discordo da sua defesa da presidente afastada. A donzela de Orleans saiu do calabouço para a fogueira mediante um julgamento medieval. Dilma saiu do Planalto para o Palácio da Alvorada mediante um processo que tramita na mais perfeita legalidade.

FRANCISCO MANOEL DE SOUZA BRAGA (Rio Claro, SP)

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Comparação feliz feita por Rogério Cerqueira Leite. Com um pouco de lucidez e um mínimo de moralidade, ainda dá tempo de apagar essa fogueira.

ROMEU ABÍLIO, juiz aposentado (São Paulo, SP)

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O presidente interino tem feito diversas modificações na estrutura de governo desde que assumiu. Ele não tem mandato definitivo, apenas provisório. Não é correto modificar tanto assim a vida do país, que pode, eventualmente, voltar às mãos da presidente afastada. É, no mínimo, uma falta de respeito com a nação e, no máximo, uma usurpação de poder inaceitável.

LUCIANO R. SOUZA (São Paulo, SP)

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FOLHINHA

Hoje é sábado e eu, Catarina Emilio Kireeff, de 8 anos, ainda sinto falta da "Folhinha". Não entendo por que vocês a tiraram "do ar". Eu gostava muito dos quadrinhos, do "quebra-cabeça" e também do "assunto do dia". Tenho uma pergunta: a "Folhinha" vai voltar?

CATARINA EMILIO KIREEFF (São Paulo, SP)

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EBC

É mentirosa a declaração de que "Procurado, o presidente da EBC, Ricardo Melo, não quis se pronunciar". Nunca fui procurado pelo repórter. Lamento o desrespeito aos 2.500 funcionários da EBC, que há oito anos se empenham em construir uma alternativa de comunicação pública. A mistura de intenções políticas de liquidar a empresa com dados sem fonte reconhecida transformaram a reportagem em um press release. Isso só reafirma a necessidade de assegurar meios de informação isentos, plurais, autônomos e sob controle social, objetivos da EBC desde a sua criação.

RICARDO MELO, diretor-presidente da EBC (Brasília, DF)

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RESPOSTA DO JORNALISTA JULIO WIZIACK - Ricardo Melo foi consultado via assessoria de imprensa da EBC, em Brasília, na terça (15). Sua assessora Malu Baldoni informou às 18h46 do mesmo dia que o presidente não daria entrevista.

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MORTOS PELO FRIO

David Oliveira de Souza desmascarou as autoridades municipais e estaduais que omitem a sua responsabilidade ao insistir na desculpa evasiva de que nenhum morador de rua morreu por "hipotermia", mas por doenças ou infarto.

VAGNER D'ANGELO (São Paulo, SP)

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Não disse que será reforçado que a abordagem dos agentes da GCM não pode ocorrer à noite ou de madrugada. O que disse foi que nunca houve e nunca haverá abordagem de agentes da Subprefeitura com apoio da GCM a moradores em situação de rua à noite ou de madrugada. A abordagem é sempre de dia! Também disse que reforcei ao Comando da Guarda Civil Metropolitana que orientasse os GCMs, quando acompanhados por agentes das subprefeituras, a não recolher objetos pessoais nem aqueles que os moradores em situação de rua consigam carregar.

BENEDITO MARIANO, secretário municipal de Segurança Urbana (São Paulo, SP)

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SUBMARINOS

Ao senhor Ludovico (Painel do Leitor, 14/6), a Marinha esclarece que o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) faz parte de um programa estratégico brasileiro, cujo objetivo é proteger a "Amazônia Azul" — área marítima de 4,4 milhões de km². Para isso, o Brasil estabeleceu um acordo com a França, que teve de se associar a uma empresa brasileira. A seleção da Odebrecht foi de livre escolha da francesa DCNS, não havendo nenhuma participação da Marinha. O TCU acompanha todo o Prosub.

FLÁVIO AUGUSTO VIANA ROCHA, contra-almirante e diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha (Brasília, DF)

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