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    Delegado-geral de SP contesta reportagem sobre elo com a Lava Jato

    13/07/2016 02h00

    O Delegado Geral de Polícia de São Paulo, Youssef Abou Chahin, repudia a forma leviana, tendenciosa e equivocada da reportagem "Delegado-geral de SP é investigado por relações com delatores da Lava Jato", que tenta relacionar seu nome, de maneira irresponsável, com irregularidades inexistentes. A reportagem se baseia em uma investigação do Ministério Público de Estado de São Paulo que já foi concluída e está para ser arquivada pela Justiça. No dia 30 de junho último, o subprocurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, Nilo Spinola Salgado Filho, propôs o arquivamento do caso à Justiça por não existir quaisquer indícios de relacionamento do Delegado Geral com atos praticados por dois delatores da Lava Jato. Cabe destacar que a Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de São Paulo permite que policiais civis possam tem participação acionária em empresas, desde que não sejam administradores.

    No despacho, o Subprocurador afirma textualmente que o arquivamento, que já estava proposto, não foi abalado pela reportagem televisiva veiculada pelo Jornal da Band, em 16 de junho de 2016, relacionada com o mesmo tema. Portanto, é inverídica a informação da reportagem de que o Ministério Público de São Paulo teria desistido do arquivamento. Outro equívoco cometido pelo autor da reportagem foi a afirmação de que o "delegado havia saído formalmente da Oregon Blindados porque sua participação era investigada pelo Estado (....) porque o então chefe do Deic (Departamento de Estadual de Investigações Criminais) participava de uma empresa de segurança privada", o que poderia configurar conflito de interesses. No entanto, a Oregon Blindados nunca atuou no ramo de segurança privada. Youssef Chahin transferiu suas cotas em 2008. Não houve qualquer contato do repórter Reynaldo Turollo Jr com a DGP nas últimas semanas. Se procurada, teria informado da propositura de arquivamento da investigação pelo Ministério Público e sua matéria não teria mais fundamento para publicação.

    FABÍOLA DE OLIVEIRA ALVES, delegada de polícia da comunicação da Delegacia-Geral de Polícia (São Paulo, SP)

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    RESPOSTA DO JORNALISTA REYNALDO TUROLLO JR.- As apurações do Ministério Público estadual e federal são mencionadas, mas não são o fundamento da reportagem, diferentemente do que diz a missivista. O texto é sobre as relações de Youssef Chahin com dois delatores da Lava Jato e não faz insinuações.

    A saída de Chahin da Oregon Blindados ocorreu em 2007, seis dias após a Folha revelar que a empresa anunciava serviços de segurança privada, como atuação em casos de sequestro.

    Hoje, estão em andamento duas apurações sobre as empresas de Chahin ligadas aos delatores: uma no MPF e outra no Ministério Público do Estado, na área cível. Sobre o inquérito criminal no órgão estadual, os responsáveis haviam desistido de arquivá-lo, mas voltaram atrás e pediram à Justiça novo arquivamento. A informação foi corrigida no texto.

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