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    Leitores comentam o impeachment da presidente Dilma Rousseff

    01/09/2016 02h00

    IMPEACHMENT

    O Brasil está livre de 13 anos de retrocesso. Chega do discurso do "não sei, não foi comigo, não conheço". Chega da estapafúrdia ideia de que o processo de impeachment é golpe. É dia de comemorar. Não veremos mais Lula e Dilma, que vão para o ostracismo político. Vamos virar a pagina e recomeçar.

    REINNER CARLOS DE OLIVEIRA (Araçatuba, SP)

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    A má sorte está lançada. A decisão do afastamento da presidente Dilma Roussef, que teve como fundamento maior a denúncia vazia sobre pedaladas fiscais, serviu para atender ao interesse de grupos políticos. Aceitar como válidas as críticas a ela, como se fosse responsável única pelos sérios problemas que estamos passando, é de uma irresponsabilidade inaceitável para quem ocupa um cargo no Congresso. Mais uma vez, o Brasil ganha destaque internacional como um país de terceiro mundo.

    URIEL VILLAS BOAS (São Paulo, SP)

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    Absolutamente inaceitável! Não inabilitar Dilma Rousseff após a cassação de seu mandato é uma vergonha para o Senado e vai contra o que os brasileiros pediram. O Brasil ainda está longe de ter uma classe política séria e comprometida com o povo!

    ANAMARIA MOLLO DE CARVALHO (Brasília, DF)

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    Não é preciso muita imaginação para enxergar a mão do deputado afastado Eduardo Cunha na bizarra decisão de manter os direitos políticos de Dilma. É evidente que Cunha também será beneficiado com essa mesma decisão. Mesmo que ele seja cassado, voltará ao poder.

    MARIO BARILÁ FILHO (São Paulo, SP)

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    Até Eremildo, "o idiota" (pegando uma carona no brilhante Elio Gaspari) entendeu o desmembramento do processo contra Dilma Rousseff. Ao ser poupada da inabilitação por votação expressiva da bancada do PMDB, abriu-se um precedente para o correntista suíço do PMDB, Eduardo Cunha, perder apenas o mandato e voltar em 2018.

    EDUARDO IASBECK (Uberlândia, MG)

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    Ora, ora. Pelo que se viu, Ricardo Lewandovski, Renan Calheiro e mais boa parte do PMDB estavam todos arreglados para quebrar a Constituição Federal e conseguir livrar Dilma Rousseff da inegibilidade.

    CARLOS MORAES (São Paulo, SP)

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    Por duas vezes o povo brasileiro foi consultado em plebiscitos sobre parlamentarismo e presidencialismo: uma em 1963, outra em 1993. Em ambas a escolha foi pelo presidencialismo. Em 31 de agosto de 2016, uma maioria parlamentar ocasional utiliza um instituto típico do parlamentarismo para abreviar um mandato presidencial. Alguma coisa está fora da ordem na incipiente democracia brasileira. No presidencialismo, só quem elegeu é que deve destituir.

    OTAVIO PINTO E SILVA, professor da Faculdade de Direito da USP (São Paulo, SP)

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    Assistimos no derradeiro dia de votação do impeachment a uma verdadeira bagunça na nossa Constituição. O ministro Lewendowiski disse que o impeachment levava automaticamente à perda dos direitos políticos. Inventaram, porém, uma votação em duas partes. Condenaram, mas não aplicaram a pena.

    OTAVIO DE QUEIROZ (São Paulo, SP)

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    Parece oportuno lembrar ao presidente Temer que ele foi eleito vice-presidente do Brasil por 54 milhões de eleitores para cumprir um programa de bem-estar social. Seus eleitores torcem para que cumpra esse programa.

    RUTE BEVILAQUA (São Paulo, SP)

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    O prejuízo causado pelo lulopetismo nos 13 anos de governo, infelizmente, não será reparado com o impeachment de Dilma. Esse legado somente será saneado com o voto consciente do povo. Ademais, que a nova geração de políticos distinga e respeite a diferença entre o público e o privado. Que tenha a lucidez de assegurar ao povo o que mais necessita: trabalho.

    RAYMOND KAPPAZ (São Paulo, SP)

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    Uma triste e lamentável interrupção da estabilidade democrática em nosso país (iniciada pós período de exceção) e um atentado a uma das mais civilizadas e avançadas Constituições do mundo moderno, a de 1988. O Brasil não precisava disso.

    ERIVAN A. SANTANA (Teixeira de Freitas, BA)

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    Democracia é respeito às leis, ao congresso e ao Senado. Democracia é ouvir a oposição, os aliados e os ministros. Democracia é ouvir a elite e os desprovidos, é ouvir o dono e os funcionários, o vendedor e o consumidor. É uma boa oportunidade do PT aprender que ser eleito não é chancela para atentar apenas para o que sua cartilha ideológica diz.

    RODRIGO ENS (Curitiba, PR)

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    A marolinha econômica (e oligárquica) se transformou em um tsunami que varreu a era PT. Sem olvidar dos erros do partido, é preocupante o vácuo de oposição que teremos. Os cavaleiros da lisura, sob a alcunha de Temer, terão que negociar diretamente com parte de nosso atraso histórico representado no Legislativo: fanáticos religiosos, oligarcas, latifundiários. A população, mais do que nunca, precisa estar vigilante.

    RENE SAMPAR (Curitiba, PR) (Curitiba, PR)

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    A aparente dicotomia razão-coração proposta pelo brilhante artigo de Francisco Daudt joga luz sobre o momento político da nação. Relacionei o texto ao impeachment e às lágrimas dos advogados ao final do debate.

    MARCELO SAMPAIO (S. José dos Campos, SP)

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    Citando Drummond, a respeito do impeachment: "Não, o tempo não chegou de completa justiça./ O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera (...) O sol consola os doentes e não os renova".

    GÉSNER BATISTA (Rio Claro, SP)

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