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    Temer serve de lobista dos interesses privados dos amigos, diz leitor

    26/11/2016 02h00

    CRISE DOS MINISTROS

    Enquanto o país vive sua pior crise política e econômica, o presidente Temer exerce o papel que lhe cabe na história: servir de lobista dos interesses privados de seus amigos.

    LUIZ FERNANDO PAULIN (Bragança Paulista, SP)

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    Não foi por acaso que Michel Temer passou a maior parte de sua longa vida pública relegado a cargos secundários. Neste momento, quando precisamos de um estadista para sair da crise, ele mostra aos brasileiros sua estatura de político de província.

    LUÍS ROBERTO NUNES FERREIRA (Santos, SP)

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    Diz o presidente Michel Temer que "a AGU tem competência para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração". Qual órgão da administração o ministro opressor Geddel Vieira Lima representava nos momentos em que tratava do assunto com o ministro Calero? A AGU soluciona problemas particulares? Essa afirmação do presidente é um escárnio! Só nas ruas nos faremos ouvir. Fora todos eles!

    WILSON REINHARDT FILHO (São Paulo, SP)

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    Experiente no trato com os políticos do PMDB por ter presidido o partido por 15 anos, Temer aplica à atual gestão os mesmos princípios que garantiram seu domínio na legenda, negociando habilmente os interesses da maioria. E todos sabemos quais são esses interesses. Agindo assim, sempre conseguirá o apoio da maioria no Congresso Nacional, mas não o respeito da sofrida população brasileira.

    SÉRGIO R. JUNQUEIRA FRANCO (Bebedouro, SP)

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    Os combalidos brasileiros esperavam que o presidente Michel Temer fosse um estadista, um timoneiro que conduzisse o Brasil com firmeza na travessia dos mares tempestuosos da economia e da política, agitados pelos ventos da corrupção. Mas Temer age como um reles "despachante imobiliário", ocupado em mobilizar inescrupulosamente a máquina estatal para aprovar prédio de luxo irregular onde Geddel tem apartamento. A emenda peemedebista está sendo pior do que o soneto petista.

    TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO, advogado (Belo Horizonte, MG)

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    Tudo neste país é deixado para depois. Vejam que Geddel já foi citado em delações, mas tornou-se ministro, tem foro privilegiado e agora fez de novo. E ainda é possível que nada aconteça a ele.

    MARILTON CARVALHO (Feira de Santana, BA)

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    O que está ocorrendo atualmente na política brasileira, a exemplo da anistia ao caixa dois, por si só é vergonhoso. É indecente a tentativa do presidente Temer de induzir o ministro Marcelo Calero (finalmente um jovem honesto na política) a "dar uma solução" ao caso do edifício no qual Geddel Vieira Lima tem um apartamento. Será que perderam de uma vez a vergonha na cara? Ou nunca tiveram?

    SILVIA TAKESHITA DE TOLEDO (São Paulo, SP)

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    OPERAÇÃO LAVA JATO

    A Odebrecht emitirá um pedido público de desculpas, informando que vai reforçar os mecanismos de controle ético para evitar que seus executivos se envolvam em práticas ilícitas. Beleza. Eu só gostaria de saber quem é que vai vigiar o executivo que irá "reforçar" esses mecanismos para evitar que ele se envolva ou que permita que outros se envolvam em práticas de corrupção.

    ANTONIO PEDRO DA SILVA NETO (São Paulo, SP)

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    ANISTIA AO CAIXA DOIS

    Há algo de estranho nesse caso do caixa dois. À época, os tribunais eleitorais não aprovaram as contas das campanhas? Então os tribunais não fizeram seu serviço direito? Ninguém pensa em investigar isso seriamente?

    ANÍSIO FRANCO CÂMARA (São Paulo, SP)

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    CRISE DOS ESTADOS

    É preciso ampliar o foco das reportagens sobre a crise financeira no Rio para lembrar que, há anos, o professor Ives Gandra já chamava a atenção para as distorções do nosso federalismo, em que a União fica com tudo e os Estados e municípios, com o pires na mão e sem competência para arrecadar. É sintomático notar que a crise não é só do Rio, mas de praticamente todos os Estados, incluindo São Paulo, que voltou a ser uma locomotiva emperrada.

    JOSÉ R. MOREIRA DE MELO (Belo Horizonte, MG)

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    BENEFÍCIOS FISCAIS

    A respeito do artigo "A covarde distorção dos fatos", cumpre avaliar se os setores "estratégicos" beneficiados por incentivos fiscais do ICMS englobariam as empresas doadoras das últimas campanhas eleitorais do governador. A administração tributária paulista é uma das únicas a não terem uma lei orgânica, já implementada em praticamente todos os outros Estados, estabelecendo os princípios, as diretrizes e a autonomia da função do auditor fiscal, para afastar indesejadas interferências políticas.

    MARCELO JOSÉ DE SOUSA, auditor fiscal da Receita Estadual de São Paulo (São Paulo, SP)

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    TRANSPORTE PÚBLICO

    Virou piada? Agora até o governador Alckmin quer tirar o benefício que ele próprio concedeu. Será que, se ganhasse a eleição, Haddad também voltaria atrás? Dá para acreditar em político?

    CELSO RIBEIRO (Osasco, SP)

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    Se Doria começar a imitar Alckmin, deixará de criar vagas nas creches, fechará escolas, oferecerá merenda seca, decretará sigilo de até cem anos em documentos e continuará vencendo eleição no primeiro turno.

    WILSON HADDAD (São Paulo, SP)

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    COLUNISTAS

    Simplesmente genial a coluna de Ruy Castro. Nada resolve o caso dos políticos brasileiros, não importa o tipo de terapia que tentem nem quantas vezes reencarnem.

    EDNA MARIA PREGNOLATTO BONINI (Bauru, SP)

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