• Painel do Leitor

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    'Luiz Fux mostrou a que veio o Supremo', afirma leitor

    16/12/2016 02h00

    PACOTE ANTICORRUPÇÃO

    Luiz Fux mostrou a que veio o STF, o guardião de nossa Constituição, ao ordenar o retorno do projeto de medidas anticorrupção à Câmara. Nossos parlamentares deveriam se envergonhar por desfigurar o pacote de iniciativa popular em votação na calada da madrugada. Causa-me repulsa Gilmar Mendes vir a público criticar seu colega de toga ao defender atitudes irresponsáveis de políticos eleitos pelo povo.

    OSVALDO CESAR TAVARES (São Paulo, SP)

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    Alguns respeitados magistrados começam, com bastante atraso, a expressar o ponto de vista, do qual muitos pares compartilham sem se manifestar, segundo o qual juízes que cometem crime devem ser sumariamente afastados, e não premiados com polpudas aposentadorias. Antes tarde do que nunca, pois o que acontece por aqui constitui autêntica jabuticaba e faz com que o país seja motivo de anedotas mundo afora.

    PAULO ROBERTO GOTAÇ (Rio de Janeiro, RJ)

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    DOM PAULO EVARISTO ARNS

    Os sinos da história dobrarão eternamente por dom Paulo Evaristo Arns. Vamos enxugar as lágrimas, como ele gostaria que fizéssemos, porque a luta continua.

    TALES CASTELO BRANCO (São Paulo, SP)

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    Cada vez mais, no Brasil e no mundo, a voz do oprimido é tratada com descaso e deboche. Cresce o número de pessoas que marcham a favor de ditaduras e do desrespeito aos direitos humanos, e o preconceito e a intolerância ganham audiência. D. Paulo Evaristo Arns não poderia ter nos deixado num momento mais triste.

    LEANDRO VEIGA DAINESI (Lorena, SP)

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    Com a morte de d. Paulo Evaristo Arns, não apenas a Igreja mas também o Brasil perdem umas das figuras mais emblemáticas na defesa dos oprimidos e dos direitos humanos, em especial durante a ditadura. A máxima franciscana "onde houver desespero, que eu leve a esperança" foi seguida fielmente por esse incansável defensor da democracia e da liberdade. Descanse em paz, cardeal da cidadania e amigo do povo!

    GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)

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    Um dos maiores homens do século 20. Mais que sua morte, é melancólico opor sua grandeza ao seguir o exemplo de Cristo e dedicar-se à defesa dos excluídos e perseguidos, quaisquer que fossem as causas de exclusão e perseguição, a esta época em que, com inexplicável aceitação popular, grupos conservadores tentam reescrever o período da ditadura, o mais brutal de nossa história, relativizando todo seu horror como uma suposta "defesa contra a ditadura bolivariana".

    ALCEU DE ANDRADE MARTINS (Carlópolis, PR)

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    Quando nossa missão na vida é servir, isso se torna um ato politico.

    CARLOS JOSÉ BENATI (São Paulo, SP)

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    Renan Calheiros sobre d. Paulo: "...dedicou sua vida à simplicidade, sigamos o seu exemplo". Para quem usava jatinhos da FAB para ir a festas de casamento, suas palavras soam exemplares.

    JOSÉ MARCOS THALENBERG (São Paulo, SP)

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    É impossível pensar o Brasil sem Dom Paulo de Evaristo Arns, cujo lema era "De esperança em esperança". Chamado de cardeal da liberdade, dom Paulo foi sobretudo um humanista e democrata. A democracia brasileira deve muito à sua determinação e coragem. Com sua serenidade, se posicionou de forma firme em favor da liberdade, e, em sua igreja, acolheu perseguidos pelo regime militar, dentre eles Luiz Inácio da Silva, o Lula. O Brasil deve muito ao ser humano, Paulo Evaristo Arns, e a Igreja Católica deve ao pastor Dom Paulo pelo belo exemplo de bom cristão, como pregam as escrituras. Dom Paulo Evaristo Arns foi um dos maiores brasileiros em seu tempo.

    LUIZ THADEU NUNES E SILVA (São Luís, MA)

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    ABORTO

    Sou contrária ao aborto, não obstante reconheço que a invisibilidade do procedimento permite milhões de abortamentos clandestinos no país, acarretando a morte de muitas mulheres ou sequelas irreparáveis. A descriminalização é a possibilidade de trazer à luz do sol esse procedimento e torná-lo suscetível de intervenção e orientação de profissionais especializados, até mesmo no sentido de oferecer alternativas e possível reversão da decisão.

    ÂNGELA L. S. BONACCI (Pindamonhangaba, SP)

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    Gostaria de perguntar à autora do artigo "STF, aborto e Estado de Direito", que contesta a descriminalização da interrupção da gravidez, como tem "certeza" de que um ser humano gostaria de vir à luz se soubesse que sofre de alguma anomalia congênita ou fosse fruto de uma gravidez indesejada. Exigir que o direito da mulher de não ter filhos deva preceder a relação sexual significa reduzir o prazer amoroso apenas à maternidade.

    SALVATORE D' ONOFRIO (S. José do R. Preto, SP)

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    Reforma da Previdência

    Cá entre nós, você acredita que essa corja, com Temer à frente, está interessada em fazer reforma da Previdência Social ou qualquer outra coisa que venha beneficiar a nação e, principalmente, o povo?

    ADEMAR G. FEITEIRO (São Paulo, SP)

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    INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA

    Sou leitor assíduo, colaborador eventual e, principalmente, fonte técnica da Folha. Minha disponibilidade se dá em razão do compromisso médico para com a divulgação de informações de boa qualidade, na área da psiquiatria. Assim, expresso minha inconformidade relativa à reportagem "Polícia apura suspeita sobre laudo de chefe de ação anticrack de Alckmin". Minhas palavras, registradas pela Folha, foram sub-repticiamente distorcidas em conteúdo, forma e contexto. Esse desconcertante tratamento dispensado a uma fonte técnica atinge a mim, à ABP (Associação Brasileira de Psiquiatra) e, especialmente, desprestigia a Folha diante de seus leitores, pois denota descaso para com a saudável relação com a verdade, habitualmente veiculada por este órgão tão relevante da nossa imprensa. Cabe ressaltar que a apresentação jornalística do tema pautado na reportagem deveria ter sido respaldada pela leitura atenta do texto da Lei Federal 10.216, de 2001, em cujo texto são categorizadas as formas de condução do caso de um portador de transtorno mental que demande internação, mesmo que involuntária. Ademais, instrumento-me no Código de Ética do Jornalista, no qual encontro dois artigos que devem nortear sempre a Folha em situações como esta que envolve minha pessoa:

    II - Da conduta profissional do jornalista

    Art. 7o - O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade dos fatos, e seu trabalho se pauta pela precisa apuração dos acontecimentos e sua correta divulgação.

    Art. 14. O jornalista deve:

    a) Ouvir sempre, antes da divulgação dos fatos, todas as pessoas objeto de acusações não comprovadas, feitas por terceiros e não suficientemente demonstradas ou verificadas.
    b) Tratar com respeito a todas as pessoas mencionadas nas informações que divulgar.

    CARLOS ALBERTO IGLESIAS SALGADO, membro da Comissão de Dependência Química da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) (Porto Alegre, RS)

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    RESPOSTA DO JORNALISTA ROGÉRIO PAGNAN - Nada foi distorcido. Todas as declarações do missivista estão gravadas.

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    CORUJÃO DA SAÚDE

    O TCM não opinou ou fez acordo sobre modelos de contratação da futura pasta da Saúde. Os Tribunais de Contas fiscalizam casos concretos: análise de editais, contas do Executivo etc. A hipótese de consulta, prevista no regimento do TCM, não abarca a apreciação de casos concretos, devendo ser formulada em tese, só pelo prefeito ou presidente da Câmara Municipal, por meio de documento protocolado. O próximo titular da pasta fez visita protocolar ao TCM. O presidente o recebeu e eles não discutiram futuros programas.

    NADIA CARLIN, assessora de imprensa substituta do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (São Paulo, SP)

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