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    'Não há dúvida de que há plágio', diz leitora sobre obra de Moraes

    10/02/2017 02h00

    MORAES NO STF

    Não há dúvida de que há plágio nas evidências exibidas em "Obra de Moraes tem trechos copiados de livro espanhol". Diferentemente do que disse um dos especialistas entrevistados, plágio é uma infração ética da comunicação acadêmica que independe de direito autoral sobre a fonte copiada. Uma decisão judicial é passível de plágio se um segundo autor copiá-la sem explicitamente indicar a referência, como sugere ter sido feito no livro do recém-indicado para ocupar o cargo de ministro da suprema corte brasileira.

    DEBORA DINIZ (New Haven, EUA)

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    Alexandre de Moraes, nomeado para o STF, faz plágio em um dos seus livros. Moreira Franco, enrolado em delações, ganha foro especial do presidente. Eliseu Padilha, também citado em delações, negocia com ruralistas a revisão de unidades de conservação instituídas na Amazônia. Edison Lobão, mais um delatado, é escolhido para comandar a CCJ no Senado. Cesar Maia, o eleito da base aliada, é flagrado em negociação escusa com a OAS. Esse é o padrão do governo Temer.

    LICA CINTRA (São Paulo, SP)

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    EDUARDO CUNHA

    A Folha beirou a irresponsabilidade ao abrir espaço para Eduardo Cunha tentar constranger a Lava Jato. Com dissimulações e muito cinismo, Cunha busca "chantagear" Moro e os procuradores usando um rifão no seu estilo: eu expus a verdade, agora vão me perseguir mais ainda. Não, Cunha, você não expôs nenhuma verdade e a sua prisão preventiva é mais que necessária, pois todos os brasileiros viram do que é capaz quando está "leve e solto.

    JOSÉ SALLES NETO (Brasília, DF)

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    A sub-reptícia figura de Eduardo Cunha causa repulsa a toda a nação. Não obstante, extremamente pertinentes suas críticas às inúmeras irregularidades praticadas no âmbito da Operação Lava Jato. Excelentes fins têm sido conspurcados por execráveis meios.

    LUIZ FERNANDO PACHECO, conselheiro do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (São Paulo, SP)

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    Causa-me estranheza a Folha deixar que Eduardo Cunha faça a sua defesa neste espaço, quando deveria fazê-lo nos autos. Por que só agora ele está se preocupando com excesso de prisões preventivas e propondo reformas no Código de Processo Penal? Lugar de atacar decisões judiciais é nos autos e nas instâncias superiores.

    HEVERTON-CRISTHIÉ S. C. LEMOS (Sardoá, MG)

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    Me causou indignação verificar que a Folha abriu espaço para que Cunha se manifestasse. Da mesma forma, então, o jornal deveria abrir espaço para que os milhares de presos sem julgamento, que lotam as penitenciárias pelo Brasil afora, também pudessem se manifestar.

    SÉRGIO MANTOVANI PULICE (São Paulo, SP)

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    MOTIM DA PM NO ES

    Caso deixe de aplicar sanções aos que fazem parte do motim da PM do Espírito Santo, o governo estará incentivando os movimentos militares revoltosos. Já aconteceram vários. Existem discrepâncias remuneratórias nas PMs, assim como acontece nas Forças Armadas, em relação a servidores civis de um mesmo grau de escolaridade. Todavia outros meios devem ser buscados para corrigir as desigualdades.

    HEITOR VIANNA P. FILHO (Araruama, RJ)

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    Quase cem mortos em cinco dias. Não foi na Síria, mas em Vitória.

    VICENTE LIMONGI NETO (Brasília, DF)

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    RODRIGO MAIA

    O presidente da Câmara dos Deputados não poderia ter sido candidato à reeleição. Foi candidato, mas não poderia ter sido reeleito por seus pares. Foi reeleito, mas não deveria ter tomado posse. Tomou posse, mas o Supremo Tribunal Federal deveria afastá-lo imediatamente das funções e determinar a convocação de nova eleição para a presidência da Casa.

    LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP)

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    Pergunta ao novo coronel da Câmara dos Deputados: existe democracia sem uma imprensa livre? Esse senhor é mais um oligarca enrolado na Lava Jato jato e que não assume que trabalha contra a operação.

    EDELSON BESERRA RESENDE (Brasília, DF)

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    JUROS ALTOS

    No tempo da ditadura, havia três assuntos proibidos no Brasil: a democratização dos meios de comunicação, a questão militar e a reforma agrária. Atualmente, pode-se acrescentar mais um: juros. Até quando vai essa ladainha de que os juros são altos porque a inadimplência é grande? Onde estão os números comparativos? E, mesmo que seja verdade, não caberia aos bancos selecionar melhor a quem emprestam dinheiro? Por que toda a nação tem que ser onerada por causa de uma minoria caloteira?

    ADEMAR G. FEITEIRO, advogado (São Paulo, SP)

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    AMAZÔNIA

    Excelente o editorial "Esquizofrenia amazônica", que alerta para a necessidade premente de conter o desmatamento. Sugiro que a Folha continue acompanhando e repercutindo os desdobramentos da proposta de diminuição de áreas de preservação. A Folha está de parabéns e hoje é, na minha opinião, o melhor jornal brasileiro ao abrir sempre espaço para o contraditório.

    CÉSAR FECHINE (Brasília, DF)

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    O que esperar de ministros pecuaristas e deputados donos de madeireiras? Pobre Amazônia! Estamos ficando sem florestas e sem animais. O único interesse é o financeiro. E o clima, cada vez mais, está indo para as "cucuias"... O que restará para as futuras gerações além de poluição, secura e falta de água?

    MARI EMILIA GARCIA TOZATO (São Paulo, SP)

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    COLUNISTAS

    Notável, por sensibilidade e argúcia, a coluna de Contardo Calligaris. Partindo de um evento familiar ocorrido no começo dos anos 1960, Calligaris desmascara, mais uma vez, a vulgaridade inerente ao fascismo e ao estéril exercício do poder dissociado da cultura e das questões morais. Conseguir ter saudade de George W. Bush é a síntese perfeita do tempo em que vivemos, seja no mundo, seja no Brasil.

    FABRIZIO WROLLI (São Paulo, SP)

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    Como disse Contardo Calligaris, a ausência de moral e cultura, com raras exceções, causa essa estrondosa calamidade, presenciada dia após dia na Câmara e no Senado.

    ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG)

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