• Painel do Leitor

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    Maior facção do país está encastelada em salões e gabinetes do DF, diz leitor

    DE SÃO PAULO

    18/02/2017 02h00

    CORRUPÇÃO

    Cinco integrantes da Mesa Diretora da Câmara e oito líderes partidários respondem a 35 inquéritos e ações penais no STF. Sem contar as dezenas de senadores e deputados envolvidos em investigações semelhantes. A maior facção criminosa do país não é o PCC ou o Comando Vermelho. Os dirigentes desse grupo não estão homiziados nos presídios espalhados pelo Brasil, mas encastelados nos salões e gabinetes luxuosos de Brasília.

    FERNANDO PACINI, economista (São Paulo, SP)

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    SUPREMO

    Cármen Lúcia manteve o sigilo das delações, Celso de Mello manteve o "angorá" no ministério, Fux aumentou irresponsavelmente gastos estatais, Toffoli, Lewandovski e Gilmar, todo mundo já conhece. Marco Aurélio Mello é imprevisível. Sobra quem? Rosa Weber, Fachin e Barroso. Esse STF é uma lástima.

    EDUARDO DE OLIVEIRA CAVALCANTI (Campo Grande, MS)

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    Estava certo Lula quando declarou que tínhamos uma suprema Corte totalmente acovardada? Em mais de seis anos, foram julgados menos de 1% dos processos referentes a investigados com foro privilegiado. O que temerão (sem trocadilho)? O desabamento da atual classe política? Talvez seja exatamente o que o país precisa hoje: novos agentes de poder com coragem de mudar o atual modelo de troca de favores que torna o país ingovernável.

    PAULO ROBERTO GOTAÇ (Rio de Janeiro, RJ)

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    Já é um começo a medida do ministro Barroso, mas não o suficiente. É preciso acabar com essa malfadada prerrogativa concedida aos políticos, que são os mais desonestos em nosso País. A nossa Constituição diz que todos são iguais perante a lei. Pega muito mal ao Supremo, todos os corruptos desejarem ser julgados pela mais alta Corte. É o mesmo que dizer que ela não funciona.

    SYLVÉRIO DEL GROSSI (Fernandópolis, SP)

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    RADUAN NASSAR
    Há boas décadas, fez constar o romance "Lavoura Arcaica", de Raduan Nassar, na bibliografia para o vestibular. Houve críticas, mas estávamos diante de raro talento da escrita. Nesta sexta, ao receber o Prêmio Camões, desanca o governo Temer e tece loas ao petismo, sendo que, sob sua égide, a nau brasileira foi carcomida do casco ao mastro ("Sob vaias, ministro faz discurso contra Raduan Nassar no Prêmio Camões", folha.com/no1859612). Aplaudo o talentoso escritor enfim premiado; caio na real em 2017 e vaio o petralha convicto. Arcaísmos da vida.

    JOAQUIM QUINTINO FILHO (Pirassununga, SP)

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    Nesta sexta-feira (17), o ministro da Cultura, Roberto Freire, quis produzir um "fato alternativo" : sobrepor a defesa da legitimidade do governo Michel Temer ao legítimo reconhecimento ao escritor Raduan Nassar por sua obra literária. Deu uma de Donald Trump. A moda já pegou entre nós.

    ENRIQUE e BELINDA MANDELBAUM (São Paulo, SP)

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    GOVERNO TEMER
    O ex-ministro Carlos Velloso, mais um chamado para engrossar o time de tucanos no comando do país, criou novo eufemismo. Salvar a pele do Temer virou "ajudar a salvar o Brasil".

    ANTONIO CARLOS ORSELLI (Araraquara, SP)

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    O cineasta Marcelo Gomes se manifestou no Festival de Berlim contra o governo Temer, chamando-o de ilegítimo ("Liberdade ainda que tardia", "Ilustrada", 17/2). Esse grupo de artistas e intelectuais é extremamente imaturo! Comecem a perceber a enrascada que a ex-presidente colocou o país! Um pesadelo que felizmente chegou ao fim!

    REGINA CUTIN, aposentada (São Paulo, SP)

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    JANIO DE FREITAS
    Janio de Freitas afirmou textualmente : "Derrubar uma Presidência legítima e uma presidente honesta"... Nos comentários, argumentei essencialmente que as pedaladas, além de fraude, foram recurso antidemocrático que Dilma usou no ano eleitoral para ocultar do eleitor a crise, enganando-o e corrompendo a democracia, criando ilusão de prosperidade e desarmando opositores. Janio xingou-me de analfa funcional ("Agressão moral", "Poder", 16/2). Ora, foi Janio quem fez a citada afirmação. Então, parece que não sou eu o analfa funcional.

    DENIS TAVARES (São Paulo, SP)

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    Deixou-me realmente indignado a reação de alguns que apontaram a suposta agressão do jornalista Janio de Freitas contra leitores. Na minha opinião, ele está apenas se defendendo de gente que, insuflada pelo neofascismo da extrema direita brasileira, tem sistematicamente agredido (aí, sim) quem pensa diferente.

    LEANDRO VEIGA DAINESI (Lorena, SP)

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    COLUNISTAS
    Lendo o texto de Vladimir Safatle, ocorreu-me que talvez o termo "neoliberalismo" devesse ser substituído. Proponho "sobrevivencialismo". Parece-me mais apropriado, uma vez que, em regra, os rendimentos dos trabalhadores atendem apenas ao mínimo existencial.

    MIKE LOPES MOREIRA (São Paulo, SP)

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    Vinicius Torres Freire acerta quando nos exorta a dizer: "Oi, meu nome é Brasil. Sou violento, autoritário e ignorante". Agora, afirmar que nossos melhores anos foram de 1995 a 2010, quando o país quebrou tecnicamente em 1998 e 2002, sob o governo FHC, não dá!

    ADEMAR G. FEITEIRO, advogado (São Paulo, SP)

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    Muito ilustrativa de nosso tempo é a carta de Mahmud Ahmed ("Painel do Leitor"). Critica Bernardo Mello Franco por apontar mazelas do governo Temer. Ora, ora. Um governo composto, em grande parte, de implicados em ilícitos gravíssimos, com nítido viés de tentar proteger os envolvidos, deveria ser poupado? Nos governos petistas, o mote tonitruante era "vamos passar o Brasil a limpo, fora corruptos". O que mudou?

    DAGMAR ZIBAS (São Paulo, SP)

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