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    'Não é só a saída de Temer que está em jogo', diz leitora sobre crise política

    27/05/2017 02h00

    GOVERNO ENCURRALADO

    Não é apenas a saída de Temer que está em jogo, mas o fim do modelo corporativista e clientelista de fazer política neste país. Isso exigirá uma ampla reforma política, que leve à renovação dos quadros no Executivo e Legislativo, em todos os níveis.

    YVETTE KFOURI ABRÃO (São Paulo, SP)

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    O nível da roubalheira no país beira a piada. O deputado Rocha Loures, homem de confiança do presidente, além de ser filmado carregando uma mala recheada de dinheiro, tentou surrupiar R$ 35 mil dos R$ 500 mil que lá havia inicialmente. Talvez não tenha conseguido resistir a uma compulsão cleptomaníaca. É a única explicação para um "homem de boa índole" como ele, segundo Michel Temer, ter se rendido a esse tipo de tentação.

    FERNANDO PACINI (São Paulo, SP)

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    É contraproducente a cassação do presidente Temer nesta fase de reformas tão necessárias para o aperfeiçoamento do país. É como retirar um médico da sala de cirurgia no meio da operação. A verdade é que as pessoas, principalmente no Brasil, são acomodadas e têm receio de novidades. Não analisam as reformas com realismo e otimismo. Toda mudança gera um desconforto.

    MARILENE SORIANI, professora (Sertanópolis, PR)

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    O despreparo evidenciado na violência da polícia, a mando do governo Temer, durante o protesto em Brasília, do qual participei, é típica de quem se considera autorizado a tudo, inclusive a permanecer presidente, apesar da indiscutível reprovação popular. A tentativa do governo, ancorada pela baderna praticada por uma minoria, de desqualificar a onda de protestos não impedirá o movimento sindical de continuar a lutar em todas as frentes possíveis contra a corrupção e as propostas de reformas que atacam diretamente os direitos dos trabalhadores.

    LUIZ DE SOUZA ARRAES, presidente da Federação Estadual dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis (Osasco, SP)

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    CLÁUDIA CRUZ

    É no mínimo surpreendente a absolvição de Cláudia Cruz pelo juiz Sergio Moro. A despeito da minha admiração e do meu respeito pelo ilustre magistrado, que está salvando o país, a decisão passa a legitimar o usufruto do roubo, e, pior, a dar validade àquela surrada e conhecida explicação do "não vi, não sabia, é de um amigo".

    LAFAYETTE PONDÉ FILHO (Salvador, BA)

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    JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE

    Três aspectos são pouco comentados: a relação custo-efetividade não é questão exclusivamente econômica, mas de ética, sendo necessário analisar a quantidades de anos de vida agregados. Salvar vidas por decisão judicial numa ponta do sistema implica perder vidas em outra (talvez muitas mais, dependendo da efetividade em causa). Por fim, a equidade mitiga a efetividade ("STJ suspende ações "STJ suspende ações para fornecimento de remédios que não constam no SUS" ).

    ALCINO E. BONELLA, bioeticista (Uberlândia, MG)

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    COLUNISTAS

    Parabéns a Tati Bernardi. Que texto! Que coragem! Obrigada por falar bem alto o que está entalado em todos nós.

    ECAROLINE PESSOA DE CARVALHO (Juiz de Fora, MG)

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    Parabéns à Folha pelo novo espaço dado ao ex-ministro Nelson Barbosa. Como assinante e leitor, ganhei com a saída de Aécio e com o convite ao novo colunista.

    FERNANDO N. C. DE ANDRADA E SILVA (São Paulo, SP)

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    Merece comentário a coluna "Toda Mídia", na qual Nelson de Sá destaca os editoriais de veículos de imprensa internacionais, dentre os quais "The Guardian" e "El País" defendem eleições diretas no Brasil. Ou seja, a mídia estrangeira já prega que apenas o povo tem o poder de decidir o caminho que a nação deve tomar. Creio que falta à Folha se posicionar mais pela democracia e menos pelas reformas que tanto frequentam suas páginas.

    LEONARDO DINIZ (Belo Horizonte, MG)

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    Quando o colunista Vladimir Safatle fala em "decomposição da casta política" ou diz que alguém "é um corrupto, mas o nosso corrupto", ele está deixando de fora o PT e Lula, como sempre faz. Felizmente, na mesma edição, a magnífica análise das mazelas nacionais feita por Fernanda Torres não deixa ninguém de fora, nem este governo nem os anteriores. Isso se chama honestidade intelectual.

    CARLOS MORAES (São Paulo, SP)

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    A coluna de Tati Bernardi é muito jocosa e verdadeira. Até os turpilóquios que ela cita encaixam-se, lindamente, nas personagens. Em outra coluna, Fernanda Torres nos mostra o lado sombrio dos vampiros –sugam-nos tudo! Não há mais mocinhos em nossos filmes (ops, vida!), só bandidos. Seria engraçado se não fosse tão verdadeiro! E Ricardo Pereira nos dá de brinde as ironias do silêncio.

    MARIZA BACCI ZAGO (Atibaia, SP)

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    CRACOLÂNDIA

    O prefeito Doria parece achar que a questão do crack em São Paulo é territorial, não humana. Acaba com o espaço físico onde as pessoas se alojavam e se esquece das pessoas e de suas necessidades humanas. Esse tipo de limpeza funciona para remover lixo, não gente.

    LENIR SANTOS (Campinas, SP)

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    João Doria está fazendo uma gestão diferenciada e funcional frente à Prefeitura de São Paulo. O tráfico de drogas na cracolândia é um problema que já vem se arrastando há muitos anos e combatê-lo é uma medida mais do que necessária.

    AURÉLIO NOMURA, líder do governo na Câmara Municipal de São Paulo (São Paulo, SP)

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